Ciro Gomes: Polarização vai ser resolvida quando Lula ‘sair do jogo’

Ex-candidato à Presidência da República e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) disse que a continuação da polarização no Brasil se deve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antigo aliado.

Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo, 26, Ciro destacou que o Brasil “está derrotado” e que o problema da polarização vai ser resolvido quando o petista “sair do jogo”.

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“O Brasil está derrotado, porque isso aniquila o nosso país. Isso só se resolverá quando Lula sair do jogo”, disse Ciro Gomes. “Teve o 1º de maio vexaminoso, e a turma de Lula fica dizendo que organizaram errado. Não foi isso. Eles quebraram a lógica de representatividade da sociedade civil pela cooptação. O povo foi embora. E sabe quem está falando para eles? A direita. Não na agenda real, mas na de costumes. A esquerda brasileira capitulou.”

O ex-presidenciável não falava de tal forma publicamente desde as eleições de 2022, quando teve 3% dos votos na disputa contra Lula e Jair Bolsonaro. Ciro se disse que sentiu uma “deslegitimação” da própria candidatura.

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Com relação à gestão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), que era presidente do PDT, Ciro disse que, se não fosse Lupi, o petista teria pegado “qualquer um e estilhaçado o partido”.

“Minha posição não é anti-PT”, continuou Ciro. “É anti modelo. Não condeno ninguém. Lupi está se esforçando como ministro. Não vejo problema em contribuir. Sou apaixonado pelo Brasil. Só sou um amante não correspondido.”

Ciro diz que deve sair da política partidária

Sobre o futuro na política brasileira, Ciro Gomes disse que não vai entrar em qualquer confronto e anunciou que deve sair da política partidária. “Fiz um detox”, declarou. “Estou tentando ver se encontro outros modos prazerosos de exercitar minha vocação. Não quero mais depender da aprovação ou da crítica sebosa de eleitor.”

Estou tentando ver se encontro outros modos prazerosos de exercitar minha vocação. Não quero mais depender da aprovação ou da crítica sebosa de eleitor.

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“A eleição me chocou profundamente e matou em mim a crença no sistema democrático brasileiro”, continuou. “Os 3% foram a consumação desse processo. Nas outras eleições, tive 11%, 12%. Essa gente toda sucumbiu a uma onda fascista.”

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Fonte: Revista Oeste


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