Novas chuvas fazem Porto Alegre suspender força-tarefa para limpeza na cidade

Em resposta aos recentes alagamentos em Porto Alegre, a prefeitura cancelou a força-tarefa agendada para o sábado 25, destinada à limpeza das proximidades do Mercado Público Central, situado no centro histórico.

As chuvas intensas no Estado ocasionaram um acúmulo de lixo significativo, convertendo diversas áreas urbanas em grandes lixões a céu aberto.

🧹👷‍♂️ A força-tarefa para a limpeza do entorno do Mercado Público, que estava prevista para hoje, está suspensa devido aos alagamentos causados pelas chuvas de ontem.

Cerca de 800 garis estão empenhados na limpeza das regiões mais afetadas pela cheia do Lago Guaíba, com uso de caminhões e retroescavadeiras.

No entanto, muitas áreas continuam submersas, o que limita a atuação desses trabalhadores. Até a sexta-feira 24, seis bairros ainda estavam inacessíveis, e as chuvas da quinta-feira 23 inundaram locais como Cavalhada e Restinga — que antes não haviam sido afetados.

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O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) relatou que suas equipes trabalharam em 15 localidades onde as águas já haviam recuado até o sábado. Até a noite da sexta-feira, foram coletadas 8.970 toneladas de resíduos das ruas.

A força-tarefa para a limpeza de Porto Alegre

Para acomodar o lixo acumulado, foi estabelecido um aterro emergencial a 22 quilômetros de Porto Alegre, em funcionamento desde a quarta-feira 22. A prefeitura assinou um contrato emergencial para o descarte de 77 a 180 mil toneladas de resíduos das enchentes. O novo aterro, localizado em Gravataí, tem um custo estimado de R$ 19,7 milhões e pode receber até 150 vezes a média diária de lixo coletado na cidade.

Os custos totais de limpeza já ultrapassaram R$ 24 milhões e, segundo o prefeito Sebastião Melo (MDB-RS), podem exceder R$ 100 milhões.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a empresa Mox Debris e voluntários, estima que o volume de entulho gerado no Estado pode chegar a 46,7 milhões de toneladas.

O impacto das chuvas

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul anunciou, na noite do sábado, que o número de mortos por causa da catástrofe climática aumentou para 166, com 61 pessoas ainda desaparecidas. Além disso, 2,3 milhões de pessoas em 469 municípios foram afetadas, o que resultou em 581 mil desalojados e 55 mil em abrigos.

Mais de 100 mil pessoas estão sem energia elétrica no Estado. A Corsan informou que o abastecimento de água foi normalizado, mas ainda trabalha para restabelecer o serviço em locais específicos. Além disso, 71 trechos de 40 rodovias estão com bloqueios totais ou parciais.

A Agência Nacional de Águas (ANA) registrou que o nível do Lago Guaíba no Cais Mauá alcançou 4,32 metros na sexta-feira às 19h, diminuindo para 4,15 metros às 7h15 do sábado. A cota de inundação do Guaíba é de 3 metros, o que indica que as águas ainda não recuaram completamente e continuam a inundar áreas da cidade.

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Fonte: Revista Oeste


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