Ex-diretor da Americanas afirma que tentou parar fraudes durante a pandemia, mas foi vetado

Em acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor financeiro da Lojas Americanas Marcelo da Silva Nunes afirmou que, em 2020, os resultados positivos já companhia já permitiriam um recuo nas fraudes. Contudo, o esquema continuou para manter a fama de sucesso da empresa.

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A apuração da Operação Disclosure, da Polícia Federal, revela manipulações nos balanços financeiros com o intuito de elevar a cotação das ações e obter vantagens financeiras. Mensagens confirmam a manipulação dos números, e documentos falsos foram criados para esconder as fraudes da auditoria.

Além de Nunes, Flávia Pereira Carneiro Mota, que atuava como chefe da controladoria da B2W e da Americanas, também decidiu colaborar com as investigações.

Os depoimentos de ambos revelaram como o esquema se sustentou por cerca de dez anos na empresa. Também ajudaram a dar andamento ao inquérito.

Segundo a PF, os dois são ouvidos desde novembro de 2023. Com as informações que colheu, a polícia cumpriu 15 mandatos de busca e apreensão em casas de suspeitos de integrar o esquema de falsificação dos balanços da Americanas.

Americanas e a cultura empresarial de ocultação de resultados

A cultura empresarial da Americanas impunha a não divulgação de resultados ruins. Em nota, a empresa afirmou que “reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes”.

A defesa de Miguel Gutierrez, ex-CEO da varejista, afirma que o executivo “jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades”.

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Fonte: Revista Oeste


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