Estudo mostra que Itaipu tem energia mais cara entre grandes hidrelétricas do país

Um estudo da Frente Nacional de Consumidores de Energia mostrou que a Itaipu Binacional é a empresa que possui a energia mais cara entre as grandes hidrelétricas do país, conforme divulgado pela Folha de S.Paulo.

O levantamento revelou que, no ano passado, a energia gerada por Itaipu custou R$ 294 por megawatt-hora (MWh) para as 31 distribuidoras que são obrigadas a comprá-la, enquanto a média praticada por oito grandes hidrelétricas semelhantes foi três vezes menor, com um custo médio por MWh de R$ 101,78.

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A análise baseou-se em de usinas que já amortizaram os custos de construção e instalação, têm benefício de escala, produzem mais de 5 milhões de MWh e podem oferecer preços mais baixos.

A tarifa de Itaipu foi praticamente o dobro do valor do da hidrelétrica de Ilha Solteira, a mais cara do grupo, que ficou em R$ 148 por MWh no ano passado.

Comparativamente, em relação ao valor de Xingó, a mais barata, com uma tarifa de R$ 56 por MWh, a energia de Itaipu custou cinco vezes mais.

O valor da energia de Itaipu supera até mesmo o das três jovens hidrelétricas da Região Norte, que ainda não amortizaram os custos de implantação.

Segundo a Frente, a tarifa de energia de Itaipu para as distribuidoras deveria ser igual à das hidrelétricas mais antigas. Furnas e Itaparica cobraram, respectivamente, R$ 65 e R$ 70 no ano passado.

As distribuidoras de Itaipu

Por lei, 31 distribuidoras de energia em dez Estados das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e no Distrito Federal são obrigadas a incluir na conta de luz a tarifa da Itaipu Binacional.

Em São Paulo, são sete distribuidoras, entre elas a Enel SP (Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo); no Rio de Janeiro, são três, entre elas a Light; em Minas Gerais, cinco, incluindo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais); e no Espírito Santo, a EDP ES (Espírito Santo Distribuição de Energia).

Em Mato Grosso, no Centro-Oeste, aparece a EMT (Energisa Mato Grosso); em Mato Grosso do Sul, SEM (Energisa Mato Grosso do Sul); em Goiás, a Celg (Equatorial Goiás) e a Chesp (Companhia Hidroelétrica São Patrício); e no Distrito Federal, a NDB (Neonergia, antiga CEB).

Na Região Sul, no Paraná, são cinco distribuidoras, entre elas a Copel, a maior do Estado; em Santa Catarina, são quatro, incluindo a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina); e no Rio Grande do Sul, são sete, incluindo a CEEE Distribuição (Equatorial Energia).

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Fonte: Revista Oeste


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