Estudantes da USP encerram acampamento anti-Israel

Depois de dois dias de acampamento anti-Israel na Universidade de São Paulo (USP), estudantes desmontaram as cerca de trinta barracas instaladas no vão do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). A decisão foi tomada em assembleia realizada na quinta-feira 9.

+ Leia mais notícias de Brasilem Oeste

Inspirados por movimentos similares nos Estados Unidos e na Europa, os estudantes da USP deram início ao acampamento na terça-feira 7. O objetivo principal era pressionar a universidade a romper laços com instituições de ensino israelenses.

Apesar do fim do protesto, o estudante de letras e um dos líderes do protesto João Conceição disse em assembleia que um novo ato está previsto para quarta-feira 15, data em que os palestinos recordam a nakba. O termo significa “catástrofe” em árabe e faz alusão à diáspora de palestinos na primeira guerra árabe-israelense, no final dos anos 1940.

Mais imagens sobre o acampamento estudantil na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, pelo boicote acadêmico às instituições israelenses e a ruptura de relações do Brasil com o regime sionista. pic.twitter.com/fk8sDtJH37

Reações ao movimento anti-Israel na USP

Pouco antes da assembleia, um pequeno grupo de manifestantes fez uma marcha da FFLCH até a Aucani, responsável pelos acordos de cooperação internacional da USP.

Durante o protesto, os alunos chamaram Israel de “Estado assassino” e pediram a ruptura de relações com Israel ao governo Lula.

Leia mais

Ainda nesta semana, houve o adiamento na assinatura de um contrato entre o Exército Brasileiro e a empresa israelense Elbit Systems para a compra de 36 viaturas blindadas de obuseiros de 155 mm — um tipo de canhão de grande alcance que será utilizado pela artilharia. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

O adiamento do contrato foi avalizado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

Os estudantes organizaram ainda um abaixo-assinado online em defesa do povo palestino. No documento, acusam a Universidade de Haifa, a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Ariel — todas com convênios com a USP — de desenvolverem a tecnologia utilizada no que chamam de “genocídio palestino”.

A direção da FFLCH reiterou em nota o compromisso com o respeito à livre manifestação dentro da universidade.

Ajude a manter online o Litoral Hoje fazendo uma pequena doação por PIX. Utilize a chave PIX CNPJ 45.315.952/0001-32. Ou deposite na conta: Banco Original – 212 – Agência 0001 – Conta 7296983-0. Agradecemos a sua colaboração.

Fonte: Revista Oeste


Você pode gostar também de