Escritor de livro sobre enchente de 1941 perde exemplares em tragédia no RS

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul causaram perdas significativas ao jornalista e escritor Rafael Guimaraens. Todos os exemplares de seu livro sobre as enchentes de 1941 foram destruídos. O autor concedeu entrevista ao SBT na sexta-feira 7. O setor literário também sofreu com as inundações, que resultou em um prejuízo superior a R$ 300 mil.

Na obra, Guimaraens detalha a inundação de 8 de maio de 1941, a maior já registrada em Porto Alegre, até ser superada pela atual tragédia, 83 anos depois, no mesmo mês. O autor não esperava presenciar um evento de maior magnitude do que aquele que pesquisou para seu livro.

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O Lago Guaíba atingiu 5,35 metros e superou o recorde anterior. Em 1941, Porto Alegre tinha 272 mil habitantes, dos quais mais de 70 mil ficaram desabrigados. Em 2024, a população de Porto Alegre é de mais de 1 milhão de pessoas e mais de 157 mil foram afetadas pelas enchentes.

“Agora temos ali a Avenida Beira Rio, que é um dique de proteção para a cidade, assim como a Castelo Branco seria um dique de proteção da zona norte e o muro do centro”, contou Guimaraens. “Mas, ainda assim, por uma série de fatores, transbordou, entrou pelos bueiros e tal, e realmente uma coisa inesperada que nos causou perplexidade, impotência e um pouco também de revolta porque a coisa não precisaria ter chegado ao ponto que chegou.”

Autor perde cerca de 12 mil livros em enchente

Além de ter de abandonar sua residência, Guimaraens perdeu cerca de 12 mil livros que estavam no depósito da editora, no centro de Porto Alegre, onde a água chegou a 2 metros de altura. A inundação causou um prejuízo de mais de R$ 350 mil. A primeira edição foi publicada há 15 anos.

A sétima reimpressão do livro deve ser entregue em junho, com uma pequena apresentação para contextualizar o momento quando a nova leva foi pedida, mas ainda sem falar da enchente de poucos dias atrás.

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“É a edição normal”, afirmou Guimaraens. “Ela é muito vendida, ela é muito procurada, acho que praticamente a cada ano a gente tem de fazer uma nova reimpressão e dessa vez com mais razão ainda.”

“Estamos superconfiantes”, disse Clô Barcellos, diretora da editora. “Já temos livros chegando, reimpressões, livros novos. Vamos para a feira do livro, seja lá onde ela aconteça.”

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Fonte: Revista Oeste


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