O que precisa para instalar energia solar em empresa ou escritório? Guia completo definitivo!

As empresas que buscam reduzir custos e impacto ambiental estão cada vez mais adotando a energia solar. Para entender se essa transição é viável, é essencial analisar o consumo energético atual e compará-lo com a capacidade mínima cobrada pela concessionária. Por exemplo, se uma empresa possui uma conta de energia trifásica com uma taxa mínima de R$ 40, mas a conta real é de R$ 400, a instalação de um sistema solar pode ser extremamente vantajosa, potencialmente reduzindo a conta para cerca de R$ 40, representando uma economia de 90%. Entrevistamos Bruno Lowczy, um especialista com 10 anos de experiência no setor de energias renováveis para lhe ajudar nessa transição.

O processo para implementar um sistema de energia solar inicia-se com um estudo detalhado da eficiência energética da empresa, seguido pela elaboração de um projeto que deverá ser aprovado pela concessionária de energia. Após a aprovação, prossegue-se com a instalação física e, finalmente, a inspeção e homologação do sistema. Este ciclo garante que todos os aspectos técnicos estejam alinhados com as necessidades específicas da empresa e com a legislação vigente, facilitando uma transição suave para a geração de energia renovável.

A adoção de energia solar por empresas e escritórios é economicamente vantajosa principalmente quando os custos de energia elétrica superam significativamente a taxa mínima cobrada pela concessionária, seja em modalidade monofásica, bifásica ou trifásica. Por exemplo, se a taxa mínima para um fornecimento trifásico é de R$ 40, mas a conta mensal de energia atinge R$ 400, a implementação de um sistema fotovoltaico pode reduzir drasticamente este custo para cerca de R$ 40, equivalendo a uma economia de 90%.

Diversos estudos de viabilidade devem ser realizados para analisar o custo-benefício e o período de retorno do investimento (payback), garantindo que a transição para a energia solar não apenas atenda às necessidades energéticas da empresa, mas também ofereça um retorno financeiro atrativo.

Antes de iniciar a instalação, é essencial realizar ou atualizar um plano de eficiência energética. Esse plano deve identificar e eliminar todos os desperdícios de energia existentes na empresa. Isso assegura que a capacidade do sistema solar seja bem dimensionada e focada nas reais necessidades energéticas da empresa.

Solicite um relatório de análise de carga à distribuidora local de energia ou faça medições com analisadores de demanda para compreender o perfil de consumo energético. Além disso, a área disponível para instalação dos painéis solares deve ser avaliada para garantir que ela suporta as necessidades de geração de energia solar da empresa.

Com os dados coletados, desenvolve-se o projeto de instalação. Este inclui o dimensionamento dos dispositivos de proteção, a correção de falhas físicas e perdas elétricas, e a definição das ligações elétricas necessárias. O projeto deve então ser enviado à concessionária para aprovação, especialmente se o sistema for conectado à rede (on-grid).

Após a aprovação do projeto pela concessionária, inicia-se a instalação dos componentes, como painéis solares e dispositivos de proteção. Esta etapa deve seguir rigorosamente as especificações do projeto aprovado para garantir segurança e eficácia.

Concluída a instalação, a concessionária realiza uma inspeção final. Se o sistema estiver conforme, a homologação é concedida e o sistema pode começar a operar. Para sistemas on-grid, os créditos de energia gerados são adicionados à conta de energia da empresa, conforme a produção.

A realização de um estudo de viabilidade é uma etapa crítica do pré-projeto, pois determina se o imóvel atende aos requisitos necessários para a instalação de um sistema de energia solar eficaz. Este estudo identifica não só a capacidade de geração de energia solar que o local pode suportar, mas também os benefícios financeiros e energéticos projetados. Um dimensionamento adequado, por sua vez, garante que a capacidade de geração identificada no estudo de viabilidade seja plenamente alcançada, evitando desperdícios e maximizando a eficiência do sistema.

Diversificar as fontes de energia com base no perfil de consumo da empresa e sua modalidade tarifária também é essencial. Por exemplo, para negócios com alto consumo de energia térmica, como hotéis que utilizam aquecedores elétricos e chuveiros, pode ser mais vantajoso gerar e armazenar energia térmica diretamente, ao invés de converter energia elétrica em térmica, o que pode levar a perdas significativas.

Muitas empresas cometem o erro de basear o dimensionamento dos seus sistemas solares apenas nas faturas de energia atuais, sem uma análise detalhada do perfil de consumo. Esta abordagem superficial pode resultar em sistemas subdimensionados ou superdimensionados, que não apenas falham em atender às necessidades energéticas do negócio, mas também infligem custos adicionais e eficiência reduzida. Portanto, é crucial que o dimensionamento seja realizado com precisão para evitar tais problemas e garantir um retorno sobre o investimento conforme esperado.

A escolha do sistema solar ideal para uma empresa depende diretamente de suas necessidades específicas de energia. Existem basicamente dois tipos principais de sistemas solares: os térmicos e os fotovoltaicos, além dos sistemas que combinam características de ambos, conhecidos como sistemas híbridos.

Sistemas solares térmicos: estes sistemas utilizam os raios infravermelhos do sol para gerar calor, que é frequentemente usado no aquecimento de água. Conhecidos como boilers solares, eles são particularmente eficientes para empresas que têm alta demanda de aquecimento de água, como hotéis ou instalações industriais. Optar por sistemas térmicos nesses casos pode oferecer um retorno sobre o investimento mais rápido devido à eficiência na conversão de energia solar em térmica.

Sistemas solares fotovoltaicos: estes sistemas convertem a luz do sol diretamente em eletricidade usando painéis compostos de células fotovoltaicas. Eles são ideais para a maioria das aplicações comerciais que requerem eletricidade para operar iluminação, máquinas e outros dispositivos elétricos. Este tipo de sistema pode ser configurado de duas formas principais:

Sistemas híbridos: Combinam características dos sistemas on-grid e off-grid, muitas vezes incluindo outras fontes de geração de energia, como diesel. São apropriados para empresas que não podem tolerar interrupções de energia e que necessitam de uma solução de energia confiável e constante.

A escolha entre esses sistemas deve considerar fatores como o perfil de consumo de energia da empresa, a localização geográfica, a disponibilidade de espaço para instalação dos sistemas e, claro, a análise econômica do investimento.

O investimento inicial necessário para instalar um sistema de energia solar varia principalmente conforme o tamanho e a especificação técnica do sistema escolhido. Para entender o retorno desse investimento, é crucial considerar tanto o custo inicial quanto a economia gerada ao longo do tempo.

Suponha que antes da instalação do sistema solar, sua empresa gastava R$ 400 mensais com energia. Com o sistema solar, o custo de energia reduz para R$ 40 por mês. Assim, a economia mensal seria de R$ 360, resultando em uma economia anual de R$ 4.320.

Se o custo total do sistema instalado foi de R$ 16.000, o tempo estimado para recuperar o investimento inicial (payback) seria de aproximadamente 4 anos, considerando apenas a economia direta com energia.

Um sistema solar típico tem uma vida útil de cerca de 20 anos. Portanto, após o payback, você continuaria a economizar na conta de energia por muitos anos. No exemplo dado, após os primeiros 4 anos, você teria mais 16 anos de economia, que poderiam totalizar aproximadamente R$ 69.120 em economia de energia ao longo da vida útil do sistema.

A instalação de sistemas fotovoltaicos no Brasil é regulada por uma série de normas técnicas e leis que garantem a segurança, eficiência e conformidade dos sistemas. Aqui estão as principais regulamentações que as empresas devem seguir:

Normas Técnicas da ABNT:

Regulamentações do Ministério do Trabalho:

Legislação Federal:

Além de seguir estas normas e regulamentações, é essencial que as empresas consultem e sigam as instruções específicas da distribuidora local de energia para garantir que todas as etapas de instalação, operação e manutenção dos sistemas fotovoltaicos estejam em conformidade.

Para garantir a qualidade e a segurança na instalação e manutenção de sistemas de energia solar, é crucial escolher fornecedores e profissionais com as credenciais adequadas. Aqui estão algumas diretrizes para ajudar na seleção:

Verifique se os profissionais possuem diplomas ou certificados relevantes e estão registrados nos conselhos de classe apropriados de sua região. Isso assegura que eles têm a formação técnica necessária e estão legalmente habilitados a realizar os serviços.

Procure por profissionais que tenham concluído cursos de qualificação profissional específicos para instaladores de sistemas fotovoltaicos ou eletricistas especializados em instalações solares. Tais cursos são cruciais para o desenvolvimento de habilidades técnicas específicas ao tipo de instalação solar.

Dê preferência a empresas que são membros de associações reconhecidas como a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia) e a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). A associação a tais entidades indica que a empresa segue padrões de qualidade e ética profissionais, além de manter-se atualizada com as melhores práticas e novidades do setor. Para conversar com o Bruno Lowczy (11 97656-1952) ou no Linkedin.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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