Petrobras: Conselho deve votar nome de petista na quinta-feira

Senador Jean Paul Prates Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O Conselho de Administração da Petrobras se reúne na próxima quinta-feira (26), para votar a aprovação do senador Jean Paul Prates para a presidência da empresa, depois do seu nome ter sido avaliado pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa na terça (24), informaram fontes próximas ao assunto.

Com isso, o processo deve ser acelerado e Prates assumiria o comando nos próximos dias, e possivelmente deve aguardar a realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de abril, já marcada, para ser efetivado, em vez de convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

A expectativa é de que a nova diretoria, que será indicada pelo senador, comece logo a ser avaliada pelo mesmo processo de elegibilidade pelo qual Prates passou, o que levará também alguns dias.

Prates está no Rio de Janeiro desde a última quinta-feira (19), e tem feito uma série de reuniões, dentro e fora da empresa, para conhecer a real situação da companhia. Nesta segunda (23), esteve com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

De acordo com o sindicalista, foram apresentadas a Prates as projeções que a entidade faz para a estatal, como voltar a atuar na petroquímica; investir na ampliação das refinarias e talvez construção de uma nova unidade; acelerar a conclusão da Rota 3 para estimular o mercado de gás natural; e resgatar as unidades de fertilizantes nitrogenados da companhia.

Em parceria com a iniciativa privada, a FUP prevê a entrada da Petrobras na produção de hidrogênio verde e de energia eólica offshore.

– Outro ponto importante é a Petrobras voltar a ajudar a indústria nacional, e a melhor forma é fazer encomendas à indústria naval brasileira. Já tem 15 FPSOs [plataforma flutuante)]encomendadas fora do País, queremos pelo menos conseguir que os estaleiros no Brasil participem de alguma forma – disse Bacelar ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ainda na área naval, a FUP avalia que o papel da Petrobras seria investir na produção de navios no Brasil, aumentando a geração de empregos. Para isso, poderia substituir parte da frota da Transpetro, hoje em grande parte afretada.

– A indústria naval tem um papel importante no crescimento da economia, na geração de empregos – destacou Bacelar.

A entidade aproveitou também o encontro para solicitar a volta de uma mesa de negociações com os empregados, “que respeite a negociação sindical, o que não ocorre há sete anos”, segundo o sindicalista, e a recuperação de perdas salariais durante o mesmo período.

*AE

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Fonte: Pleno.News


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