O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início oficial ao Plano Safra 2024/2025, em cerimônia nesta quarta-feira (3), no palácio do Planalto. Em um aceno ao agronegócio, serão destinados R$ 400,59 bilhões para as linhas de financiamento voltadas aos médios e grandes agricultores, 10% mais que na temporada passada.
O petista sugeriu estabelecer uma relação “sincera” com o agro. Ele disse reconhecer que parte do agro fica “chateado” com condutas da gestão e, diante disso, o setor alega que o governo é favorável aos sem-terra.
– Mas Vamos ser francos, não são os sem-terra que tomam a terra de vocês, são os bancos que tomam as terras de vocês – rebateu Lula o durante o evento.
O petista, então, sugeriu que uma relação “sincera” entre o governo e o agro não exigirá um “compromisso ideológico” de gostar do governo.
– Vocês Não precisam gostar de mim. Eu certamente vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores – declarou.
Lula também não se furtou em exaltar os governos do PT, dizendo que os maiores planos Safras do país foram firmados nas gestões petistas, tanto as dele quanto de Dilma Rousseff.
– Nunca pedi a nenhum empresário agradecimento, porque eu sei a importância da agricultura brasileira – disse.
O petista também não deixou de citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indiretamente. Ele alfinetou dizendo que é por isso que os governos do PT fazem um Plano Safra melhor do que “aquele que diz gostar” do setor – uma referência clara ao seu antecessor.
Além da injeção de R$ 400 bilhões, foram liberados R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) – títulos de dívidas emitidos por instituições financeiras, voltados ao financiamento do agro. O valor é complementar ao montante do Plano Safra.
*Com informações AE
Fonte: Pleno.News