Marinha do Brasil vai enviar o maior navio de guerra da América Latina Para apoiar a população Gaúcha, o apoio contará com embarcações, equipamentos, combustível, mantimentos água e diversos profissionais da área de saúde

O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, a maior embarcação de guerra da América Latina, tem desempenhado um papel crucial nas operações de ajuda humanitária em território brasileiro. Recentemente, a Marinha do Brasil destacou o Atlântico para uma missão essencial no Rio Grande do Sul, visando auxiliar a população afetada por crises hídricas. Com partida programada da Base Naval do Rio de Janeiro, o navio segue rumo ao litoral gaúcho, prevendo uma viagem de três dias até a cidade de Rio Grande.

O Atlântico, com seus impressionantes 200 metros de comprimento, tem capacidade para transportar até 1.400 militares e 18 aeronaves. Para esta missão, ele está equipado com 8 embarcações de pequeno porte e duas estações para tratamento de água, enfatizando sua preparação para responder eficientemente a emergências. A experiência prévia em São Sebastião, onde auxiliou as vítimas de inundações em 2023, reforça sua aptidão para missões de grande escala.

O Atlântico não é apenas um vulto em termos de transporte e apoio logístico; ele também é um centro médico flutuante. O segundo maior da frota da Marinha, o centro médico do navio está equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sala de cirurgia, laboratório, e mais. Durante as missões, a tripulação médica é ampliada, incluindo especialistas como cirurgiões, anestesistas, clínicos gerais, farmacêuticos e enfermeiros, preparados para dobrar a assistência conforme a necessidade surge.

Além do suporte médico, o Atlântico é uma fonte vital de água potável. As estações de tratamento de água a bordo utilizam processos avançados de filtragem química para converter a água de rio em água potável, essencial para as áreas afetadas por racionamentos, como Porto Alegre, onde o abastecimento foi severamente comprometido. A capacidade de produzir até 20 mil litros de água por hora evidencia o papel crucial do navio em sustentar não apenas a vida a bordo, mas também nas comunidades que serve.

Adquirido pelo Brasil em 2017 da Marinha Real Britânica, onde era conhecido como HMS Ocean, o Atlântico tem uma rica história de envolvimento em operações internacionais, desde ações humanitárias no Kosovo até missões de combate no Oriente Médio. Essa experiência internacional sublinha sua capacidade de adaptação e eficácia em uma variedade de contextos operacionais, desde respostas a desastres naturais até operações de combate.

A versatilidade do Atlântico é complementada por outras embarcações que também serão enviadas ao Rio Grande do Sul, como o Navio de Apoio Oceânico Mearim e a Fragata Defensora, que transportarão doações e suprimentos essenciais. Esses esforços coordenados destacam a capacidade da Marinha de mobilizar recursos rapidamente em resposta a crises humanitárias.

Além do “Atlântico”, a Marinha mobiliza também o Navio de Apoio Oceânico “Mearim“ e o Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”, equipado com três embarcações miúdas, que seguirão para o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (7); e a Fragata “Defensora”, com partida prevista na quarta-feira (8), transportando doações e suprimentos.

Para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas, o “Atlântico” levará oito embarcações de médio e pequeno porte, que, somadas às oito lanchas em uso no estado desde o dia 30 de abril, ampliarão o contingente de meios aquáticos disponibilizados pela MB.

O trabalho das equipes de resgate aéreo da Marinha, que salvaram mais de 150 pessoas desde o início da operação, receberá, com a chegada dos navios, reforço de mais oito aeronaves, além das quatro que permanecem de prontidão no estado. Serão doze helicópteros, no total, em um esforço contínuo de resgate aos moradores ilhados em áreas de difícil acesso.

Também estão sendo enviados 40 viaturas e 200 militares Fuzileiros Navais para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde, formadas por médicos e enfermeiros.

A presença do Atlântico no Rio Grande do Sul não é apenas uma medida de resposta imediata, mas também uma demonstração de compromisso e preparo da Marinha do Brasil com a proteção e apoio à população brasileira em tempos de necessidade. A habilidade de operar de forma tão diversificada e eficaz faz do Atlântico um pilar de segurança e suporte, reforçando a infraestrutura de defesa e humanitária do país.

Com a continuação de sua jornada, o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico segue não só como uma força de guerra, mas como um símbolo de esperança e renovação para as áreas afetadas, reafirmando o papel vital da Marinha do Brasil em promovera segurança e o bem-estar de sua gente em qualquer circunstância.

A Marinha do Brasil (MB) enviará, nesta quarta-feira (08), o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, maior navio da Força Naval, para Rio Grande (RS), aumentando a capacidade de apoio às populações atingidas pelas enchentes e fortes temporais que assolam o estado.

Com organização similiar a uma Operação de Guerra, a MB está mobilizando quatro navios, 20 embarcações, 12 aeronaves e centenas de militares. A situação assemelha-se à resposta dada, em fevereiro do ano passado, aos fortes temporais que assolaram o litoral norte de SP, especialmente em São Sebastião. O esforço feito pela Marinha em SP ficou conhecido como Operação “Abrigo Pelo Mar“.

Fonte: Marinha do Brasil


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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