Cotação do minério de ferro volta a subir na Ásia

O minério de ferro atingiu o maior preço em cinco semanas e voltou a ultrapassar US$ 110 por tonelada. A demanda pelo item deve ser impulsionada pelo plano do governo chinês de aliviar as restrições ao setor imobiliário.

As autoridades dizem que vão “apoiar o mercado habitacional para melhor atender às necessidades razoáveis dos compradores” e construir mais residências subsidiadas. Além disso, dados alfandegários mostraram que as importações do produto estão no maior nível do ano. A notícia fez com que as cotações de contratos futuros do minério de ferro subissem 9% na Bolsa de Cingapura.

A melhora na percepção sobre o mercado imobiliário alavancou a valorização da commodity nesta terça-feira 7, segundo Ban Peng, analista da Maike Futures. Contudo, o novo impulso está principalmente atrelado às expectativas de crescimento para dezembro e para o primeiro trimestre do próximo ano.

“A alta dos preços pode ser restrita porque medidas ambientais de precaução podem desacelerar o ritmo de retomada da produção de aço, e o reabastecimento das usinas no inverno é sazonal”, disse Ban.

Órgãos governamentais também anunciaram medidas de apoio à economia. O banco central reduziu o depósito compulsório para a maioria das instituições financeiras. Desse modo, deve ser liberado 1,2 trilhão de yuans (US$ 188 bilhões) em liquidez.

Produção afetada

Em 2021, a cotação do minério de ferro teve grande volatilidade. A commodity perdeu mais da metade do valor desde maio, com as limitações à produção e à emissão de poluentes, bem como com o impacto no setor imobiliário desencadeado pela crise da dívida da construtora Evergrande.

As autoridades chinesas fizeram repetidas promessas para diminuir a produção de aço em 2021 e as usinas estão a caminho de cumprir a meta. Em outubro, o setor registrou a menor produção mensal em quase quatro anos. Por fim, existe ainda a preocupação com a poluição exposta nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022.


Fonte: Revista Oeste


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