Bolsa de Valores brasileira registra maior saída de estrangeiros no 1º semestre desde a pandemia
Investidores estrangeiros retiraram mais de R$ 40 bilhões em ações da Bolsa de Valores brasileira (B3) no primeiro semestre de 2024. As informações são de um levantamento da Bloomberg.
Esse montante, equivalente a US$ 7,9 bilhões, representa o pior resultado para um primeiro semestre desde 2020, quando a pandemia de covid-19 resultou em resgates de US$ 16 bilhões.
A crescente desconfiança de analistas em relação ao cenário fiscal do Brasil e a valorização do dólar ante o real impulsionaram as retiradas da Bolsa de Valores.
Além disso, as perspectivas de juros mais altos nos Estados Unidos por um período prolongado têm reduzido o interesse dos investidores por ativos de risco, como os de mercados emergentes.
Outro ponto de destaque é que, durante todos os meses de 2024, houve retiradas líquidas. Ou seja: os resgates superaram os depósitos. Isso não ocorria desde o primeiro semestre de 2020, conforme mostrado no levantamento da Bloomberg.
Veja, abaixo o histórico dos investimentos estrangeiros na B3 nos primeiros semestres dos últimos anos. Números negativos indicam a saída de recursos, enquanto números positivos sinalizam a entrada líquida de investimentos.
Além de impulsionar retiradas na Bolsa de Valores, desconfiança em Lula faz dólar disparar
O dólar fechou em alta pela terceira vez seguida e chegou a R$ 5,66, na terça-feira 2, com um aumento de 0,22%. A moeda norte-americana subiu quase 0,8% no dia e ultrapassou a máxima de R$ 5,70.
A moeda teve negociações inconstantes ao longo do dia, que chegou a abrir em queda, com mínima de R$ 5,63. Contudo, voltou a subir depois de falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, novamente, criticou o Banco Central.
Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador, Lula disse que é preciso “fazer alguma coisa” em relação à alta do dólar ante o real. O presidente disse que vai se reunir com a equipe econômica para discutir a desvalorização da moeda brasileira, nesta quarta-feira, 3.
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Fonte: Revista Oeste