Venezuela amplia mobilização de militares na fronteira com Guiana

A Venezuela aumentou a presença de militares na fronteira com a Guiana, reforçando as ameaças de anexar parte do país vizinhos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 9, pelo jornal americano The Wall Street Journal.

Segundo o jornal, as Forças Armadas da Venezuela teriam transportando tanques leves, barcos de patrulha equipados com mísseis e blindados para a fronteira com a Guiana.

A Venezuela reivindica a região chamada de Essequibo, uma área maioritariamente coberta de florestas mas rica em petróleo e minerais, que representa dois terços do território da Guiana.

Em dezembro de 2023 a Venezuela realizou um referendo para que a população se expressasse sobre a anexação da área.

Venezuela militariza a fronteira com a Guiana mesmo após acordo

O transporte de tropas e equipamentos é evidente pelas imagens de satélite e vídeos recentemente publicados pelos militares venezuelanos nas redes sociais.

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A militarização da fronteira ocorre e violação do acordo escrito alcançado em dezembro de 2023 entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali.

O governo da Guiana denunciou as manobras militares e pediu a criação de uma comissão para resolver disputas territoriais.

Desde o final do ano passado, o governo venezuelano, que tem um exército de cerca de 150 mil soldados na ativa e armamentos modernos fornecidos pela Rússia, aumentou as reivindicações sobre a Essequibo.

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A antiga colónia britânica, com uma população de apenas 800 mil habitantes, tem Forças Armadas de apenas 3 mil militares, está se aproximando dos Estados Unidos para pedir assistência militar.

Venezuela já ameaçou seus vizinhos

A movimentação militar da Venezuela na fronteira da Guiana ocorreu após os Estados Unidos relaxarem algumas sanções econômicas contra o regime de Nicolás Maduro para tentar incentivar a realização de eleições justas e receber migrantes venezuelanos deportados dos EUA.

Em vez disso, Maduro prendeu dissidentes e proibiu rivais, como María Corina Machado, de concorrer contra ele nas eleições presidenciais que devem ocorrer ainda este ano.

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Não é a primeira vez que a Venezuela ameaça seus vizinhos. Em 2014, Caracas foi acusada de enviar navios de guerra para ameaçar a ilha caribenha holandesa de Aruba, para forçar a libertação de um alto funcionário do regime que havia sido detido sob um mandado prisão da Justiça dos Estados Unidos por tráfico de drogas.

No passado, a Venezuela também enviou navios de guerra para afastar embarcações de pesquisa de petróleo contratados pela Guiana em águas disputadas

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Fonte: Revista Oeste


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