Preso, ex-vice-presidente do Equador pede ajuda ao Brasil e a governos de esquerda

O ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas escreveu um pedido de ajuda na segunda-feira 15 às lideranças políticas de México, Brasil e Colômbia. Ele foi preso em 5 de março, quando a polícia fez uma operação policial na embaixada mexicana em Quito, capital do país.

Segundo informações da agência de notícias AFP divulgadas na quinta-feira 18, Glas disse ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que há uma “brutal perseguição” aos progressistas no Equador e que apenas líderes internacionais poderiam fazer algo para ajudá-lo. Ele também disse que está na “pior prisão do país” e que está em greve de fome.

O político está na prisão de segurança máxima de Guayaquil. O governo equatoriano afirma que o asilo político dado a Glas um dia antes da operação policial é ilegal, porque não cobre crimes comuns. Porém, o governo mexicano acha que Glas está sendo politicamente perseguido. Ele se refugiou na embaixada em dezembro, quando estava em liberdade condicional.

Em sua mensagem a Lula e Gustavo Petro, também com data de 15 de abril, Glas afirma que foi retirado da embaixada com tortura. Petro havia anunciado anteriormente que solicitaria à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) medidas cautelares em favor de Glas, que foi hospitalizado entre 8 e 9 de abril por se recusar a receber alimentos na prisão, segundo autoridades equatorianas.

Quais são as acusações contra o ex-vice-presidente do Equador?

Jorge Glas foi vice-presidente do Equador de 2013 a 2017. Ele foi condenado a seis anos de prisão em 2017 por supostamente aceitar subornos da construtora brasileira Odebrecht em troca de contratos estatais.

Em 2020, Glas novamente se tornou alvo de condenações por usar dinheiro de empreiteiras para financiar campanhas do movimento político do ex-presidente Rafael Correa. A sentença chegou a oito anos.

Glas cumpriu mais de quatro anos de prisão antes de sua libertação, em 2022. Agora, ele enfrenta acusações de uso indevido de fundos de reconstrução depois de um terremoto devastador, em 2016. Para o ex-vice-presidente equatoriano, as acusações contra ele partem de motivações políticas, o que os promotores negam.

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Fonte: Revista Oeste


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