Para conter superlotação de turistas, Monte Fuji implementa taxa de entrada

O Japão e Patrimônio Mundial da Unesco, adotou novas regras para alpinistas devido ao aumento do fluxo de turistas. Desde a segunda-feira 1º, alpinistas devem pagar uma taxa de 2 mil ienes (aproximadamente US$ 12,69) por pessoa. Também foi estabelecido um limite diário de 4 mil visitantes.

“Ao promover fortemente medidas de segurança abrangentes para escalar o Monte Fuji, garantiremos que o Monte Fuji, um tesouro do mundo, seja transmitido às gerações futuras”, afirmou Koutaro Nagasaki, governador da Prefeitura de Yamanashi, ao anunciar as novas normas no início deste ano.

A decisão visa a combater problemas como lixo, emissões de CO2 e alpinistas despreparados. “Para reviver o tradicional alpinismo aos pés do Monte Fuji, vamos ter uma compreensão detalhada das culturas Fuji-ko e Oshi, que apoiavam a adoração ao Monte Fuji”, prosseguiu Nagasaki. “Procuramos vincular essas culturas ao alpinismo, pois ela está enraizada nos valores culturais da religião”.

Fuji-ko é uma religião relacionada à montanha. Em 2019, cerca de 5 milhões de pessoas visitaram o Monte Fuji, um aumento significativo em relação a 2012. A voluntária Tomoyo Takahashi, que anteriormente pedia uma contribuição voluntária de mil ienes, afirmou que nem todos se dispõem a pagar a taxa.

“Nem todo mundo paga os mil ienes, e isso me deixa triste”, disse. “Deveria existir uma taxa de entrada obrigatória muito mais alta, para que apenas os visitantes realmente interessados no patrimônio do Monte Fuji pudessem entrar”.

Japão enfrenta problemas relacionados ao excesso de turistas

O excesso de turistas é um problema crescente no Japão desde a reabertura do país depois da pandemia de Covid-19. Em Kyoto, moradores de Gion se preocupam com turistas que assediam gueixas locais.

Já em Hatsukaichi, na província de Hiroshima, uma taxa de 100 ienes por visitante foi introduzida para manutenção do santuário.

As novas regras são aplicáveis apenas à prefeitura de Yamanashi, onde estão as trilhas mais populares. O Monte Fuji também se encontra na província de Shizuoka, que ainda não implementou tais medidas.

O governador Nagasaki mencionou que ele e o prefeito de Shizuoka se reunirão após a temporada de escalada para revisar suas observações.

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Fonte: Revista Oeste


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