‘O tratamento da ONU a Israel é vergonhoso’, diz chanceler israelense

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou que o tratamento dispensado pela Organização das Nações Unidas (ONU) ao seu país é vergonhoso. Embora Israel tenha aderido à carta de valores humanitários universais da organização e seja a única nação democrática em meio a uma região dominada por regimes autoritários, o país é preterido pela ONU.

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O chanceler israelense afirmou que apesar da gravidade dos crimes do Hamas — que fez o pior ataque terrorista da história de Israel em 7 de outubro, matando 1,2 mil pessoas e sequestrando 240 —, autoridades da ONU, incluindo o próprio secretário-geral, Antonio Guterres, omitem os crimes do Hamas e parecem justificar suas ações.

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“A ONU, as suas agências e o seu secretário-geral nem sequer abordam os crimes do Hamas e de outros representantes do terrorismo iraniano”, escreveu em artigo publicado pelo The Wall Street Journal.

Como exemplo de apoio velado ao Hamas, Cohen citou a resolução da Assembleia Geral da ONU de 27 de outubro “contra Israel que nem sequer menciona o Hamas e as suas atrocidades, nem o direito de Israel à autodefesa contra invasões terroristas”.

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Cohen lembrou, também, que “Guterres deu a entender perversamente que Israel era de alguma forma culpado pelo ataque”, o que motivou um pedido de renúncia do secretário-geral da ONU.

O chanceler disse, ainda, que Guterres se demonstrou “confortável” na companhia do ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, em 28 de outubro. Isso, nas palavras de Cohen, revela a “cumplicidade” da ONU com “um regime que fornece ativamente armas para massacrar civis em Israel, na Ucrânia e em outros locais”.

Outra prova dessa cumplicidade seria o fato de que o Irã assumiu, em 2 de novembro, a presidência do Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. “Esta terrível nomeação de um regime que espezinha os direitos sociais e humanos dos seus próprios cidadãos ilustra o fracasso da ONU na defesa dos princípios mais básicos da sua própria carta fundadora”, declarou o chanceler israelense.

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No artigo publicado pelo WSJ, Cohen também reclamou que escolas mantidas pela agência para ajuda de refugiados da ONU, a Unrwa, ensinam “antissemitismo explícito”. Apesar disso, “a infraestrutura da Unrwa é continuamente alvo de abusos por parte dos terroristas”. “O Hamas rouba rotineiramente o seu combustível, alimentos e medicamentos.” Mas a Unrwa não toma qualquer providência.  

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O chanceler de Israel termina o texto afirmando que “interesses políticos estreitos substituem os valores básicos e a decência humana”, o que permite que “forças antiocidentais mais violentas do mundo explorem a ONU e promovam uma agenda radicalmente oposta à sua carta e aos objetivos declarados”. “A traição da ONU ao seu próprio mandato não é novidade para Israel, que tem sido objeto de duplicidade de critérios e de políticas hipócritas durante décadas”, finaliza Eli Cohen.

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Fonte: Revista Oeste


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