Defesa do Hamas por alunos de Harvard causa polêmica nos EUA

Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo, fracassou ao condenar os ataques terroristas contra civis israelenses, que desencadeou a guerra entre Israel e o Hamas. Essa é a opinião de Larry Summers, ex-presidente de Harvard e ex-secretário do Tesouro no governo do democrata Bill Clinton.

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E é apenas parte da polêmica que se instaurou no meio acadêmico norte-americano depois que 35 alunos de Harvard divulgaram uma carta na qual afirmam que o ataque terrorista do Hamas “não ocorreu no vácuo”, ou seja, atribuem a Israel a selvageria dos terroristas, que assassinaram civis, incluindo crianças e mulheres, e sequestraram mais de cem pessoas no sábado 7.

Logo depois da carta, Summers cobrou Harvard a fazer uma declaração apropriada “condenando aqueles que lançaram ataques terroristas e mostrando solidariedade com as suas vítimas”.

I very much hope appropriate statements from the University and College condemning those who launched terrorist attacks and standing in solidarity with its victims will soon be forthcoming.

Professor de Harvard, Jason Furman, que foi um dos principais conselheiros econômicos no governo de Barack Obama, também democrata, escreveu que “reconhecer que matar centenas de inocentes é errado deveria ser um ponto de partida fácil”.

Our President Claudine Gay & school leaders have asked us to “foster… an environment of dialogue & empathy, appealing to one another’s thoughtfulness & goodwill”. I hope to help. Acknowledging that killing hundreds of innocents is wrong should be an easy place to start. pic.twitter.com/vzuOBXFz1M

Pressionada, a presidente de Harvard, Claudine Gay, divulgou uma declaração, na qual condenou o ataque do Hamas. “À medida que os acontecimentos dos últimos dias continuam a repercutir, não há dúvidas de que condeno as atrocidades terroristas perpetradas pelo Hamas”, disse Claudine. “Tal desumanidade é abominável, quaisquer que sejam as opiniões individuais sobre as origens dos conflitos de longa data na região.”

Sobre a carta dos alunos, ela disse: “Permitam-me também afirmar que, embora nossos estudantes tenham o direito de falar por si próprios, nenhum grupo estudantil fala pela Universidade de Harvard ou por seu comando.”

ONG judaica critica professores e alunos pró-Hamas

A Liga Anti-Difamação, ONG judaica internacional sediada nos EUA, denunciou que um “segmento estridente” de estudantes e professores norte-americanos “com opiniões anti-Israel e antissionistas” tem aumentado expressivamente.

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Na terça-feira 10 um grupo de estudantes da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach, realizou um protesto a favor da Palestina. Já a organização estudantil Bears for Palestine organizou uma vigília no campus da Universidade de Berkeley, Califórnia, para “lamentar o assassinato de nossos mártires na Palestina”.

Críticos querem lista de alunos favoráveis ao Hamas

Com a carta dos estudantes de Harvard e as manifestações de apoio ao Hamas em outras universidades, algumas lideranças têm pedido uma lista desses estudantes para que eventuais empregadores possam saber a posição política de futuros empregados.

O escritório de advocacia Winston & Strawn, especializado por Direito Internacional, rescindiu uma oferta de emprego a um estudante que fez comentários favoráveis ao ataque.

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Um dos defensores da ideia da lista individual foi o investidor Bill Ackman, ex-aluno de Harvard. “Não se deveria poder esconder atrás de um escudo corporativo ao emitir declarações de apoio às ações de terroristas.”

Entretanto, houve críticas. Muitos defendem que mesmo sendo uma posição odiosa a defesa do grupo terrorista, deve prevalecer o direito à liberdade de expressão.

“Por mais que deteste aqueles que defendem o que o Hamas fez, também apoio o direito à liberdade de expressão para o fazer”, disse o reitor da Faculdade de Direito de Berkeley, Erwin Chemerinsky, coautor de Free Speech on Campus.

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Fonte: Revista Oeste


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