Cientistas avançam em pesquisa que pode recriar espécies extintas

Uma equipe de cientistas deu o “primeiro passo” para recriar espécies extintas. O grupo recuperou o RNA da pele e do músculo dissecados de um tigre-da-tasmânia. A espécie foi extinta no século 20.

O tigre-da-tasmânia era um marsupial carnívoro listrado com tamanho semelhante ao de um cachorro. Apelidado de “tilacino”, esse predador caçava cangurus e já habitou no território continental australiano e por ilhas próximas, como a Tasmânia — o que chegou a inspirar seu nome.

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O RNA é um material genético presente nas células vivas que possuem semelhanças estruturais com o DNA. O estudo foi publicado na revista Genome Research, em 18 de julho, mas popularizou recentemente por meio da revista Nature.

Os especialistas relatam que o artigo marcou a primeira vez que o RNA, um elemento muito menos estável que o DNA, havia sido recuperado de uma espécie extinta.

Embora não seja o foco da pesquisa, a capacidade de extrair, sequenciar e analisar RNA antigo poderia impulsionar as iniciativas de outros pesquisadores a recriarem espécies extintas — como o tigre-da-tasmânia.

A recuperação de RNA de vírus antigos também poderia ajudar a decifrar a causa de pandemias anteriores.

Importância do RNA para a vida e a restauração das espécies extintas

Os cientistas extraem há anos o gene de animais e plantas antigas, alguns com mais de 2 milhões de anos.

O DNA é uma molécula de fita dupla que contém o código genético de um organismo, carregando os genes que dão origem a todos os seres vivos.

O RNA, por sua vez, é uma molécula de fita simples que carrega a informação genética que recebe do DNA e coloca essa informação em prática.

O elemento sintetiza o conjunto de proteínas que um organismo necessita para viver e trabalha para regular o metabolismo celular.

“O sequenciamento de RNA dá uma ideia da verdadeira biologia e regulação do metabolismo que acontecia nas células e tecidos dos tigres-da-tasmânia antes de serem extintos”, disse o geneticista e bioinformático Emilio Mármol Sánchez, autor líder do estudo.

“Se quisermos compreender as espécies extintas, precisamos compreender que complementos genéticos elas possuem e também o que os genes estavam fazendo e quais estavam ativos”, explicou o geneticista Marc Friedländer, coautor do estudo .

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Fonte: Revista Oeste


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