Caso Luisa Mell: estresse pode mesmo causar convulsões? Entenda

Os relatos da apresentadora e ativista animal Luisa Mell, que revelou ter sofrido uma convulsão em casa e cair no chão, o que a levou ser internada nesta quarta-feira (11/5), intrigou muita gente na internet, inclusive leitores da coluna LeoDias. Por isso, conversamos com três especialistas: um Neurocirurgião, um Nutrólogo e uma Psicóloga especializada em casos de ansiedade e depressão para aprofundar o tema e saber se, de fato, uma pessoa adulta pode ter convulsão sem uma causa prévia diagnosticada.

A convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais. Pode ser causado por uma forte emoção ou estresse diários.

Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, Neurocirurgião e Neurologista do Albert Einstein e Rede D’Or, faz o alerta sobre convulsão em adulto.

“É um tipo de doença que merece ser investigada. Crise convulsiva pode acontecer em qualquer idade, mas é bem mais comum em crianças e adolescentes, às vezes em adulto jovem. Mas quando o paciente é adulto e tem pela primeira vez a crise convulsiva, várias causas podem ser diagnosticadas. Paciente com diminuição de glicose pode ter crise convulsiva”, explicou ele, também Diretor do WCL Neurocirurgia.

Paciente com estresse, mas que já tem crise convulsiva prevista ou epilepsia prévia, aí sim o estresse pode desencadear, informa Cerqueira de Lima. “O estresse puro não leva a uma crise convulsiva. Lesões cerebrais, isquemia cerebral de causa vascular, alguma lesão cerebral do tipo tumor benigno ou maligno. Em relação à vacina causando crise convulsiva, iss não é comum, a não ser que o paciente seja alérgico e que pode predispor a crise convulsiva”.

“Convulsão no adulto ou crise convulsiva ou epilepsia, não é comum acontecer pela primeira vez no adulto, e quando isso ocorre, a investigação tem que ser completa. Passar por exames complementares, ressonância magnética, eletroencefalografia e também fazer o exame neurológico do paciente”.

“A crise convulsiva ou a convulsão existem várias manifestações: ela pode ser só no braço, acometer a perna, acometer a face e eventualmente o corpo todo, que é quando o paciente tem a perda de consciência e pode cair, ou se estiver deitado ele vai ter a convulsão deitado, vai salivar bastante, que se chama sialorreia, que é o excesso de saliva e as convulsões locais, só no braço, só na perna ou só na face. Mas o mais comum que acontece em criança e adolescente, é o tipo ausência, o adulto também pode ter ausência: ele se desliga por curto período de tempo, continua fazendo suas atividades e às vezes ele não lembra, isso merece ser investigado, principalmente se o paciente nunca teve”.

Fernando Cerqueira, médico formado pela UninCor e com especialização em Nutrologia pela ABRAN, explicou que uma convulsão pode ser causada por vários motivos, porém é desconhecido por pesquisas científicas que comprove que a falta de ingestão de proteína animal pode ser um causador.

“Mas sabemos que a falta de ingestão da proteína animal leva uma deficiência de vitamina b12 que por sua vez age diretamente no sistema nervoso (cérebro) se ela estiver em níveis críticos e a mesma não fez uma suplementação desta vitamina pode acontecer porém muito difícil mas também não pode ser descartado. A vacina não existe pesquisas que comprove que leve a convulsão, sim outras reações adversas”.

Deise Cristina Gomes, Psicóloga Forense e especialista em TDHA, Ansiedade e Depressão, diz que o estresse, por si só, não é capaz de provocar convulsões, a não ser em pacientes com predisposição para crises, nesse caso o estresse pode atuar como um gatilho, um desencadeador.

“Em outras palavras, o estresse pode precipitar uma crise em indivíduos que têm epilepsia, por exemplo. Outro fator importante é a ansiedade, que também de forma isolada, geralmente, não causa a convulsão, mas por interferir no funcionamento e excitabilidade neuronal, a ansiedade/estresse intensos podem reduzir o limiar para a manifestação de crises convulsivas em indivíduos já predispostos para ter convulsões”.

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Fonte: Metrópoles


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