Número de mortos após terremoto no Marrocos passa de 2.600

O Ministério do Interior de Marrocosinformou nesta 2ª feira (11.set.2023) que o número de mortos por causa do terremoto que atingiu a região central do país na 6ª feira (8.set.2023) subiu para 2.681. O tremor deixou ainda pelo menos 2.501 feridos. As informações são da agência de notícias estatal marroquina Maghreb Arabe Press.

O país declarou 3 dias de luto nacional depois do tremor. O terremoto que atingiu a região central do país foi o mais mortal na região desde 1960. O epicentro registrado na cidade de Marrakech marcou 6,8 pontos na escala Richter.

Segundo a agência de notícias, a província de Al Haouz foi a mais atingida e já soma 1.591 mortos. Na sequência, aparece Taroudant, com 809 vítimas. Devido às grandes extensões dos danos causados pelos abalos, as autoridades locais dizem que os números devem subir nos próximos dias.

No sábado (9.set), a Argélia abriu o espaço aéreo para que aviões possam levar ajuda humanitária ao Marrocos. O território aéreo argelino estava fechado para os marroquinos desde 2021, quando os países cortaram relações diplomáticas por acusações de hostilidade.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da França, Catherine Colonna, anunciou em entrevista à emissora francesa BFMTV que o país vai disponibilizar € 5 milhões para ONGs das regiões atingidas pelo terremoto. A ministra também confirmou que 4 franceses morreram e 15 ficaram feridos, segundo um relatório provisório.

A Embaixada do Brasil em Rabat, capital de Marrocos, pode ser contatada pelo telefone +212 661 16 81 81 (inclusive WhatsApp). Outro canal é o plantão consular do Itamaraty, no telefone +55 (61) 98260-0610 (também Whatsapp). Não há notícias de brasileiros entre as vítimas da tragédia.

O terremoto da 6ª feira (8.set.2023) foi o mais mortal na região desde 1960. A região não costuma ter abalos sísmicos dessa magnitude

Em entrevista ao Poder360, o professor do Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) George de França explicou que o terremoto é classificado como “intraplaca”, uma vez que se deu em uma região estável, ou seja, longe do limite entre as placas tectônicas. O Marrocos está 550 km ao sul do limite entre a placa da África da Eurásia.

Segundo o professor, a profundidade do abalo sísmico também pode ser um indicador de letalidade, uma vez que quanto mais superficial, maior é o impacto. No caso do terremoto de 6ª feira (8.set), o tremor foi 18,5 km abaixo da superfície.

“Esse é um terremoto raso e a causa é exatamente a liberação energia em regiões frágeis, não estão frágeis como no limite de placa, mas que tem mobilidade e se movimentam também”, explicou França.

Por ter sido registrado em uma área longe do limite interplaca, o dano causado pelo impacto tende a ser maior. “Quando acontecem terremotos de magnitudes dessa proporção [em regiões estáveis] ele tem um dano muito parecido com os de magnitudes 8 ou 9 em regiões de limite de placa”, disse o especialista.

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Fonte: TBN


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