Alunos de escola de Santos aprendem sobre a importância dos canais 

No Dia Mundial dos Oceanos, comemorado nesta quarta-feira (8), alunos da UME João Papa Sobrinho (Gonzaga), integrantes do projeto Embaixadores do Século XXI, participaram de palestra sobre o engenheiro sanitarista responsável pela implantação dos primeiros canais da Cidade (1907 a 1911), Saturnino de Brito, a importância deste sistema e a balneabilidade das praias.

De forma didática, a bióloga Débora Mandaji, da Secretaria de Meio Ambiente, contou para a turma como os canais transformaram a Cidade. “Saturnino de Brito pensou em um sistema que funciona até os dias de hoje e já foi até replicado em outros lugares do Brasil. Antes dos canais, tínhamos milhares de problemas com contaminações, doenças, altos índices de mortalidade e falta de infraestrutura”, explicou. A bióloga falou também sobre a necessidade de descartar corretamente o lixo para que a sujeira não seja levada ao mar.

Os alunos compreenderam o propósito do sanitarista.  “Ver como a Cidade era antigamente e como é hoje foi interessante. Conseguimos perceber a importância dos canais para Santos”, afirmou o aluno João Vicente Lima Santos, 10 anos. Sophia Spaolozi da Silva, 9, também aprovou. “Aprendemos muito. Às vezes passamos por uma rua, vemos o nome, mas não paramos para pensar o que a pessoa representou, o que ela fez. Muito bom saber mais detalhes sobre a história de Saturnino”.

EMBAIXADORES DO SÉCULO XXI

O projeto tem o objetivo de despertar a consciência para as questões ambientais, por meio ações e campanhas de reciclagem de tampinhas de plástico e de metal, pilhas, blister (embalagens de remédio), óleo de cozinha usado, entre outros. A iniciativa é coordenada pelo inspetor de alunos da escola, Renato Rodrigues Dias Correia e envolve alunos dos quartos e quintos anos da unidade.

Neste ano, a escola tem 28 alunos embaixadores, escolhidos por votação interna. 

ESCOLA AZUL

 Em razão das ações realizadas pelos ‘Embaixadores do Século XXI’, a UME João Papa Sobrinho recebeu, neste ano, o título de Escola Azul. A iniciativa é do Programa Maré de Ciência, da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp), em parceria com a Unesco Brasil, a Fundação Grupo Boticário, a British Council, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e a Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar. Na Baixada Santista, cinco unidades educacionais possuem este título, que também já foi atribuído para escolas de outras regiões do País.