Santos apresenta ações de enfrentamento à chikungunya para cidades paulistas

Organizar a assistência ao paciente o mais breve possível, em meio à pandemia de covid-19; municiar agilmente com informações as equipes de combate ao Aedes aegypti para a realização das ações de bloqueio no entorno de imóveis de pessoas infectadas e investigar caso a caso de forma minuciosa, para que o registro de confirmados chegue o mais próximo da realidade.

Esses são alguns dos aspectos do enfrentamento à chikungunya em Santos que serão apresentados nesta terça-feira (9), às 10 horas, às demais cidades paulistas no webinário “Perspectivas da Vigilância Epidemiológica e Assistência da Chikungunya no Estado de São Paulo”, promovido pelo Governo Estadual e que será transmitido neste link.

O evento ainda tem o objetivo de iniciar as preparações para o enfrentamento da doença no verão 2021/2022, quando o número de casos tende a se elevar devido às chuvas fortes e o calor, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue. Em 2021, Santos registra 7.262 casos de chikungunya. A maior parte ocorreu entre os meses de março e abril, com queda nos períodos subsequentes.

“Santos é uma cidade com experiência no enfrentamento à dengue, também causada pelo Aedes aegypti, mas a chegada recente do vírus da chikungunya no Brasil fez com que mais pessoas fossem suscetíveis a ele, uma vez que não haviam tido contato anterior e, portanto, não haviam desenvolvido anticorpos, explica Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.

“Nossa vigilância atuou com extrema responsabilidade, investigou caso a caso. Houve até situações de pessoas cujo resultado de exame deu negativo para dengue, mas que nós solicitamos a análise para chikungunya devido à suspeita, após a avaliação dos sinais e sintomas contidos na ficha de notificação. Assim, ampliamos o número de confirmados e tivemos uma visão mais aproximada do comportamento da doença no nosso Município”, completou.

A apresentação será conduzida por Carolina Ozawa, coordenadora de Vigilância em Saúde, e pela médica infectologista Nívia Torres dos Santos. 

“Santos organizou a assistência ao paciente de chikungunya nas policlínicas, o que foi um desafio, porque os meses mais difíceis de enfrentamento à covid-19 foram também os da chikungunya. Foi necessária a readequação de equipes assistenciais, aquisição de mais insumos, em especial para coleta de exames, por exemplo. Sem esquecer dos pacientes que apresentam quadro crônico da chikungunya, com dores articulares que se estendem por meses e até anos, e que foram encaminhados para especialistas como fisioterapeutas e reumatologistas”, lembra Carolina Ozawa.


Fonte: Prefeitura de Santos


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