O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub desembarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), no sábado 15, e foi recebido por apoiadores aos gritos de “governador”. Ele é pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes nas eleições de outubro.
Aliados do ex-ministro, que mora em Washington desde junho de 2020 e ocupou o cargo de diretor-executivo no Conselho do Banco Mundial, querem que Weintraub faça um giro pelo Estado de São Paulo para alavancar a candidatura e entrar, de vez, na corrida eleitoral. Ele ainda não é filiado a nenhum partido, mas já recebeu convites.
Ao chegar ao Brasil, o ex-ministro foi saudado por simpatizantes, que exibiam faixas e cartazes de apoio, além de bandeiras do Brasil. Weintraub estava acompanhado por seu irmão, Arthur, que foi assessor da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro.
“O apoio que vocês dão é fundamental para a gente ter certeza de que é a maioria do país. A gente consegue vencer isso voltando para o país, no país”, afirmou Weintraub pelas redes sociais.
Apesar da pré-candidatura ao governo de São Paulo, há quem defenda que o ex-ministro da Educação seja candidato a uma vaga no Senado. Nesta semana, Bolsonaro anunciou publicamente, em sua live, que apoiará o nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na disputa estadual.
Em entrevista concedida a Oeste em dezembro, Abraham Weintraub minimizou a possível divisão do eleitorado conservador no maior colégio eleitoral do país. Para ele, Tarcísio não seria um inimigo, mas um concorrente.
“A linha de pensamento deles não é igual à minha e de meu irmão, porque nós somos conservadores, antissistema, não queremos ficar batendo papo furado com quem tem ligação com esquema de corrupção ou com quem prega o absurdo”, afirmou, referindo-se também ao nome da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), cotada para se candidatar ao Senado. “Estou aqui para defender os valores em que acredito, coisa que eu não vejo na mesma proporção nesses nomes que mencionei”, prosseguiu o ex-ministro.
“Se eu sair candidato por outra frente, enfrentaria questões como, por exemplo, fechar a TV Escola ou a TV Cultura, que recebe R$ 800 milhões durante um mandato. Acho que esses nomes não fariam isso. Vão querer conversar”, completou Weintraub.
Chegada de Abraham e Arthur Weintraub. 15/1 – 01:00h pic.twitter.com/OPL3PQ6eZD
— César Cremonesi (@cesarnc21) January 15, 2022
Fonte: Revista Oeste