A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), estuda propor ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma delação premiada. A informação foi dita em entrevista à rádio CBN, nesta sexta-feira, 25, e confirmada por Oeste.
É a primeira vez que uma comissão propõe esse tipo de acordo a um depoente. Caso Cid aceite, a pena dele pode ser reduzida. Segundo Eliziane, a CPMI vai aguardar a aprovação da proposta em plenário, a manifestação da Procuradoria-Geral da República e a homologação do Supremo Tribunal Federal.
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Conforme apurou a coluna, as conversas sobre a delação ainda estão no início. A CPMI aguarda um parecer da Advocacia do Senado — que deve ficar pronto na próxima semana. A ideia também é estender o acordo a qualquer outro investigado no âmbito da comissão que queria colaborar apresentando informações e provas.
De acordo com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, a delação só vai funcionar se envolver o Ministério Público. “Se o acordo não envolver o MP, não funciona”, explicou Moro a Oeste. “Então pode propor, mas se MP não concordar, não resolve.”
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Preso preventivamente há mais de 110 dias, Mauro Cid é acusado de falsificar cartões de vacinação. Ele ainda é citado em outras investigações, como a do 8 de janeiro por enviar mensagens e reunir documentos em seu celular para dar suporte a uma intervenção militar.
Fonte: Revista Oeste