Presidente da Comissão de Segurança: ‘Não me procure mais para fazer qualquer concessão ao governo’

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Alberto Fraga (PL-DF), disse, nesta terça-feira, 9, que o governo não deve procurá-lo mais para “fazer qualquer concessão”.

A declaração ocorreu depois que um bate-boca entre o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) e o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) fez Braga anunciar obstrução.

“Não me procure mais para fazer qualquer concessão para o governo”, disse Fraga. “Vamos enfrentar e patrolar o governo.” Depois, o presidente do colegiado destacou que o governo tinha feito um acordo com ele para não obstruir a pauta. Apesar de não compor a federação do PT, o Psol faz parte da base governista. Braga disse que dispensava o governo do “ônus” de aderir à obstrução.

O desentendimento entre Gilvan e Braga ocorreu durante a discussão sobre uma moção de louvor e aplausos ao empresário Elon Musk, dono do Twitter/X. Gilvan chegou a desafiar o psolista a falar dele “fora” do Congresso.

Na ocasião, Glauber estava respondendo a um comentário do deputado Coronel Meira (PL-PE), autor do requerimento para homenagear Musk, que disse que o Brasil “é um país assolado pela corrupção e pelo crime organizado”.

“Espero que o nosso nobre deputado reconheça isso daqui a pouco quando fizer a sua fala”, observou Meira em referência a Braga.

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Então, o psolista mencionou um suposto envolvimento entre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, com as milícias no Rio de Janeiro.

“O senhor, Coronel Meira, citou o crime organizado, sem citar que o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador, empregou familiares de um miliciano”, disse Braga.

Gilvan então interrompeu o colega, dizendo que ele não estava se atendo ao assunto discutido: o requerimento sobre Musk. Em seguida, Braga passou a se referir a Gilvan.

“Não adianta colocar uma bandeira do Brasil nos ombros e se ajoelhar para um bilhonário que atenta contra a democracia”, disse Braga. Gilvan se levantou e disse para o colega “lavar a boca” para falar em seu nome. Ele precisou ser contido por outros deputados.

Gilvan chamou Braga de “covarde”, que o rebateu dizendo que ele era um “frouxo”. Em reação, o presidente da Comissão de Segurança disse que remeteria o caso de Braga ao Conselho de Ética.

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Fonte: Revista Oeste


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