Governo Lula só fez uma reunião com conselho de segurança

Apesar de já ter passado por momentos de crise na área de segurança pública em seus primeiros 15 meses, como em fevereiro deste ano, quando foi registrada a primeira fuga de presos da história do sistema penitenciário federal, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) só reuniu o Conselho Nacional de Segurança Pública (CNSP) uma única vez. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira (29).

Criado a partir de uma lei de 2018, o órgão reúne autoridades federais e estaduais da área, além de representantes da sociedade civil que possuem “notórios conhecimentos na área de políticas de segurança pública”. O CNSP possui natureza “consultiva, sugestiva e de acompanhamento social” e faz análises, sugestões e diagnósticos e formulações de políticos para combate à violência.

Apesar do papel estratégico do grupo, o único encontro realizado durante o atual governo foi em dezembro do ano passado, quando foi realizada sua “reinstalação”, em um evento que reuniu membros da cúpula da segurança nacional. No entanto, a agenda teve tom meramente cerimonial e não de uma reunião de trabalho.

O CNSP perdeu a oportunidade de se reunir, por exemplo, para discutir a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), que ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro. Rogério Mendonça, de 35 anos, e Deibson Nascimento, de 33, ficaram soltos por 50 dias e só foram recapturados no último dia 4 de abril, em Marabá (PA), a 1.600 quilômetros de Mossoró.

A operação que resultou na prisão da dupla envolveu o monitoramento de três veículos que teriam acobertado a fuga. A prisão de um dos foragidos foi feita pela Polícia Federal (PF) e a outra foi realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A cidade de Marabá, onde eles foram achados, fica a 1.600 quilômetros de distância de Mossoró.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que as pautas do Conselho são “valiosas e imprescindíveis” e disse estar em tratativas para definir a data da próxima reunião ainda neste semestre. Sobre o fato de apenas uma reunião ter sido realizada, a pasta afirmou que “a transição ministerial resultou em diversas alterações” no ministério, que “passa por um momento de adaptação”.

A segurança, por sinal, é uma das principais fontes de críticas sofridas pela gestão petista. Uma pesquisa do Ipec, divulgada no último dia 21 de abril, indicou que 42% dos brasileiros avaliaram como ruim o desempenho do governo nessa área. Apenas 27% dos entrevistados consideraram a atuação positiva.

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Fonte: Pleno.News


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