A Moraes, defesa de Bolsonaro se manifesta sobre ida a embaixada

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou, nesta quarta-feira, 27, ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, um ofício que explica a ida dele à Embaixada da Hungria, em Brasília.

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O documento foi enviado no dia que venceria o prazo dado por Moraes para que Bolsonaro explicasse sobre os dois dias em que permaneceu no local. 

A defesa do ex-presidente afirma que ele esteve na embaixada para cumprir compromissos políticos. O ofício ainda diz que Bolsonaro continua a desenvolver atividades políticas, sejam nacionais ou internacionais. 

“A despeito de não mais ser detentor de mandato, continua extremamente ativa [a agenda], inclusive em relação a lideranças estrangeiras alinhadas com o perfil conservador”, afirmam os advogados do ex-presidente. 

Nesse contexto, a defesa afirma que Bolsonaro mantém esse compromisso político com o governo da Hungria, “com quem tem notório alinhamento, razão porque sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país”.

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“A título de exemplo, esteve na posse do presidente Javier Milei, da Argentina — oportunidade em que peticionou perante este Juízo e informando previamente da viagem”, diz o documento. 

Defesa de Bolsonaro lembrou que o ex-presidente recebeu um convite para ir a Israel

A defesa do ex-presidente ainda lembrou que Jair Bolsonaro recebeu, recentemente, um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar o país. “Viagem que aguarda autorização desta Suprema Corte”, dizem os advogados. 

O documento ainda diz que Bolsonaro “jamais deixou de comparecer a qualquer ato para o qual foi intimado”. Além disso, são “conhecidos seus endereços em Brasília, assim como sua rotina profissional no Partido Liberal (PL)”. 

Por fim, a nota diz que “não há, portanto, razões mínimas e nem mesmo cenário jurídico” a justificar que se supunha algum tipo de intento de asilo político. 

“Portanto, diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do Peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”, afirma a defesa de Bolsonaro. “A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada.” 

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Fonte: Revista Oeste


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