Na tarde de sexta-feira, 24, várias cidades do interior de São Paulo foram cobertas por uma densa nuvem de poeira, o que assustou moradores. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
O fenômeno, acompanhado de fortes rajadas de vento, afetou municípios como Orlândia, Leme e São Simão, na região de Ribeirão Preto, a 313 km da capital paulista.
“O céu estava vermelho”, contou Valda Gonzaga, 73 anos, residente de Franca, à reportagem.
As nuvens de poeira emergiram em várias partes de Ribeirão, inclusive na zona sul, onde a jornalista Lisiane Marques, 46, notou o céu escurecido enquanto levava seu cachorro ao veterinário. Depois, ao se dirigir ao centro da cidade, enfrentou a tempestade.
“Eu estava na zona sul e fui para o centro, que é onde moro, e também estava tomado por poeira”, contou à Folha. “Depois de muito tempo sem chover, o tempo fechou e começou a chover por volta das 13h.”
“Menos de uma hora depois, boa parte da cidade foi encoberta”, acrescentou.
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A chuva já era esperada, segundo a previsão do tempo, devido à passagem de uma frente fria que começou a influenciar o interior de São Paulo, depois de mais de 30 dias de seca.
A última precipitação na cidade havia ocorrido em 18 de abril. Apesar da nuvem de poeira, não houve mais registros de chuva.
Conforme informado pela Defesa Civil de Ribeirão Preto, não foram registradas ocorrências na cidade relacionadas à tempestade de poeira.
“Fizemos monitoramento em alguns pontos que foram solicitados para averiguação, como na avenida dos Olhos D’água, onde havia informação de que teria ocorrido quedas de árvores, mas não foi procedente”, afirmou à Folha o superintendente da Guarda Civil Metropolitana, Thiago Caldeira.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar em Ribeirão Preto é classificada como moderada. Neste cenário, o órgão aconselha que pessoas com problemas cardíacos ou pulmonares evitem esforços intensos ao ar livre.
Tempestade de poeira é fenômeno recorrente
Este não é um evento isolado, já que fenômenos semelhantes, favorecidos pela estiagem prolongada, já ocorreram anteriormente na região.
No final de setembro, por exemplo, uma densa nuvem de poeira, junto com forte ventania, prejudicou a visibilidade no trânsito e levou comerciantes a fechar as portas em Franca e outras cidades da região de Ribeirão Preto.
Na ocasião, a estiagem também contribuiu para a propagação de incêndios de grandes proporções em áreas de proteção ambiental e plantações, além de favorecer a formação da nuvem de poeira.
Fonte: Revista Oeste