RS: chuva deixa 1 milhão de imóveis sem água, fecha hospitais e ameaça barragens

As chuvas intensas que assolam o Rio Grande do Sul deixaram mais de 1 milhão de imóveis sem água e 418 mil sem energia elétrica.

No período de dez dias, entre 24 de abril e 4 de maio, a região foi devastada por chuvas que acumularam um total de 420 milímetros — volume equivalente a três meses de precipitação, conforme divulgado pelo governo estadual.

A Defesa Civil emitiu alertas de inundação para 16 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. O órgão avisou que nem todas as áreas seriam igualmente afetadas e recomendou que residentes de zonas mais baixas busquem refúgio.

Há alerta de inundação para 16 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre: Barra do Ribeiro, Canoas, Cachoeirinha, Charqueadas, Eldorado do Sul, Gravataí, Guaíba, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Pareci Novo, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Taquara e Triunfo.

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E não para aí. A constante elevação do nível dos rios pressiona 12 barragens, segundo o governador Eduardo Leite (PSDB). A Barragem 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, rompeu-se parcialmente na quinta-feira 2.

Em Porto Alegre com o governador @EduardoLeite_. Todos os poderes e níveis de governo trabalhando unidos neste momento de emergência. Seguiremos trabalhando juntos pela recuperação das regiões afetadas pelas fortes chuvas.

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Chuva fecha hospitais

Essa situação extraordinária causou o fechamento de 17 hospitais e reduziu a capacidade de atendimento de outros 75, informou Eduardo Leite, em coletiva de imprensa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve presente na conversa com jornalistas.

A crise das enchentes levou à transferência de pacientes por helicóptero, depois do alagamento do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). A infraestrutura de telecomunicações também foi afetada, com numerosos municípios sem serviços de telefonia e internet.

Já foram resgatadas mais de 8 mil pessoas por solo e ar, nas mais diversas circunstâncias deste momento dramático que vivemos.

Faço um apelo a todos que estão em área de risco para que deixem esses locais e se abriguem em segurança. pic.twitter.com/dXSsJce9G2

Enchentes também abalam a infraestrutura do Rio Grande do Sul

As enchentes não pouparam a malha viária do Estado e impuseram 187 bloqueios em rodovias, sendo 142 totais e 45 parciais. Outra consequência direta das chuvas foi o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, que teve sua pista e pátio inundados no sábado 4.

Em meio à crise, o governador expressou preocupações com a capacidade fiscal do Estado para responder ao desastre. Já Lula disse que a burocracia não será um obstáculo para a recuperação do Rio Grande do Sul, ao mencionar a criação de um plano para antecipar esse tipo de desastre.

Eduardo Leite comparou o esforço necessário para reconstruir o Estado ao Plano Marshall, referindo-se ao programa de assistência financeira norte-americano para a reconstrução da Europa Ocidental depois da Segunda Guerra Mundial.

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Fonte: Revista Oeste


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