Prefeito de São Paulo decide adiar reajuste da tarifa de ônibus

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta sexta-feira, 24, que o reajuste da tarifa de ônibus na capital paulista será adiado. A decisão é de manter o preço atual (R$ 4,40) pelo menos até a definição do Senado sobre a votação do projeto de lei que prevê o custeio do governo federal para a gratuidade de idosos no transporte público.

De acordo com o prefeito, a gestão municipal paga cerca de R$ 450 milhões por ano por causa da gratuidade para esse público. Diversos prefeitos apresentaram, no mês passado, um pedido para que a União arcasse com esse custo.

O último reajuste no preço da passagem de ônibus em São Paulo ocorreu há dois anos, em janeiro de 2020, de R$ 4,30 para R$ 4,40. Na quarta-feira 22, o assunto foi debatido em reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes da qual Nunes não participou.

Representantes da administração municipal apresentaram ao prefeito uma proposta de elevação da tarifa, dos atuais R$ 4,40 para R$ 5 ou R$ 5,10.

O aumento do preço da passagem, de acordo com a prefeitura, seria uma recomposição pelo valor da inflação dos últimos dois anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, atingiu 15,5% no acumulado entre dezembro de 2019 e novembro de 2021.

Segundo a SPTrans, o subsídio ao transporte público em São Paulo ultrapassa os R$ 3 bilhões ao ano. O valor pago pela administração municipal é utilizado para cobrir a diferença entre a tarifa e o custo de cada passageiro transportado (que seria de cerca de R$ 8,70).


Fonte: Revista Oeste


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