Polícia Militar de São Paulo mata líder do PCC que integrava a Vai-Vai

Na madrugada de quarta-feira, 22, a Polícia Militar de São Paulo matou dois homens associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) na zona sul de São Paulo, durante troca de tiros. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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Um dos mortos foi identificado como Márcio Silva de Oliveira, conhecido como Fatioli, de 40 anos. Ele supostamente seria um dos líderes da facção criminosa. Oliveira era conhecido por desempenhar a função de “resumo”, encarregado de disseminar informações da liderança para os demais membros.

Pouco depois das mortes, integrantes da escola de samba Vai-Vai prestaram uma homenagens a dupla em uma publicação nas redes sociais. “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Márcio”, iniciou.

“Vai-Vai e Bixiga de corpo, alma e coração. Obrigado por tudo o que fez pela nossa escola. Que Deus o receba em bom lugar e conforte o coração dos seus familiares e amigos.”

A escola passou a receber críticas pelo post, que acabou sendo removido. Embora a escola tenha confirmado a postagem, negou que Oliveira tivesse qualquer cargo diretivo na agremiação.

Vai-Vai nega envolvimento financeiro com líder do PCC

A Vai-Vai também negou que o suposto líder da facção criminosa contribuísse financeiramente para a escola. Em dezembro, a Polícia Civil identificou que a escola de samba é um “reduto do PCC”. A confirmação veio de provas de um processo de lavagem de dinheiro que está sob sigilo.

O processo envolve Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, conhecido como Beto da Bela Vista, que faz parte do conselho diretivo da escola. Tanto a escola quanto Barros negam qualquer envolvimento com o Primeiro Comando da Capital.

A agremiação declarou que Beto da Bela Vista faz parte do conselho e foi diretor no mandato anterior, que terminou no final de 2022. A escola destacou que, dos quase 1,5 mil membros registrados, alguns são policiais, embora não tenha especificado a quantidade.

Passagens do líder do PCC

O suposto líder do PCC, Oliveira, teve seu primeiro registro prisional em 2003 e foi liberado em dezembro de 2020. Durante esse tempo, esteve encarcerado por cerca de três anos na Penitenciária 2 de Venceslau, que abriga a liderança da facção.

Luiz Eduardo Marcondes Machado de Barros, irmão de Beto e conhecido como Du Bela Vista, também esteve nessa unidade e foi transferido para o sistema federal em janeiro de 2019 junto com outros líderes da facção, entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O advogado de Luiz Eduardo, Marcio Cavicchioli, afirmou que seu cliente não tem relação com a Vai-Vai ou com o PCC. A escola nega qualquer vínculo com Du Bela Vista.

Lucas Rodrigues Gomes Chaves, de 25 anos, também foi morto na suposta troca de tiros. De acordo com a versão oficial, ambos reagiram durante uma tentativa de abordagem na Avenida do Estado, no Ipiranga, e foram atingidos depois de dispararem contra os policiais.

Eles foram socorridos, mas não sobreviveram. No veículo, foram encontrados um fuzil, um colete balístico, uma mochila, além de um revólver e uma pistola utilizados pela dupla. O incidente foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito no DHPP.

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Fonte: Revista Oeste


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