Ao menos 30 foram presos por saques em meio à tragédia no RS

O secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, relatou que a catástrofe no Estado tem dificultado a contagem exata de saques e roubos na região. Até agora, ao menos 30 pessoas foram detidas por invadir residências e estabelecimentos comerciais em meio às enchentes. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira, 9.

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No Rio Grande do Sul, as enchentes resultaram na morte de pelo menos 107 pessoas e na devastação de várias cidades. Caron explicou que, nos primeiros três dias depois do início da tragédia, o foco das forças policiais estava nos resgates — o que mudou posteriormente para uma retomada intensiva do policiamento ostensivo para prevenir mais violência. 

Ele mencionou que as enchentes impediram muitos cidadãos de se deslocarem até delegacias, e a falta de acesso à internet também complicou o registro de boletins de ocorrência on-line.

“Momento de catástrofe, obviamente ninguém fez registro policial, mas acompanhamos as notícias chegando, os relatos”, disse Caron. “Em situação normal, o cidadão faz registro e tem conhecimento. Ali era catástrofe. A gente acompanhou. Fatos aconteceram, sim. Mas, como não houve registro formal, não consigo dizer o número de fatos.”

O secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, relatou que a situação de “catástrofe” tem dificultado a contagem exata de saques e roubos.

Até agora, 30 pessoas foram detidas por invadir residências e estabelecimentos comerciais durante o caos. pic.twitter.com/Szw4IHKXeG

Em resposta à crise, a Força Nacional enviou 400 agentes para auxiliar o Rio Grande do Sul. Outras unidades federativas, como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais, enviaram 130 profissionais adicionais. Um edital foi publicado para convocar mil membros da Brigada Militar, o equivalente à Polícia Militar, atualmente na reserva.

Rio Grande do Sul tem mais de 6 mil pessoas em abrigos

O secretário destacou a importância de manter a segurança nos abrigos, que têm 6 mil pessoas desalojadas pelas enchentes. Além de lidar com a emergência, as autoridades lidam com estelionatos relacionados a falsos pedidos de doação. 

“Não podemos apresentar detalhes das apurações, mas sabemos que é um momento em que os cidadãos estão querendo buscar doações, mandar recursos”, explicou o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul. “Identificamos um pequeno número que estaria buscando donativo via internet, mas não para mandar para vítimas, mas, sim, para obter um ganho ilícito financeiro, estelionato.”

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Casos específicos de violência também foram reportados. Houve a morte de um homem em Arroio do Meio, atingido por um espeto de churrasqueira na quinta-feira 2, e outro ferido por arma de fogo em Lajeado, na sexta-feira 3. Ambos os casos ainda sob investigação pela Polícia Civil.

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Fonte: Revista Oeste


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