Melhor que o F-39 Gripen? Argentina fortalece sua defesa aérea com 24 caças F-16

A Argentina dá um passo importante para modernizar sua frota aérea com a compra de 24 caças F-16, uma medida necessária após anos de capacidades reduzidas desde a aposentadoria dos Mirage 3 em 2015. Esses caças, adquiridos da Dinamarca, representam não apenas uma atualização tecnológica para a Força Aérea Argentina, mas também um esforço para se posicionar melhor no cenário de defesa da América do Sul.

Esta transação, que é a mais significativa desde 1983 em termos de aquisição militar aérea, busca não só aumentar o poder aéreo argentino, mas também equilibrar as capacidades militares na região, marcadas pela recente inclusão de caças mais avançados por países vizinhos.

Os caças F-16, especificamente na versão A/B MLU Block 15, receberam extensas modernizações no final dos anos 80. Em comparação aos vetores anteriormente utilizados pela Argentina, como o A4 Skyhawk e o treinador e ataque leve IA 63 Pampa, os F-16 representam um avanço considerável.

No entanto, apesar das melhorias, esses caças ainda são classificados na quarta geração, não se comparando com os F-16 chilenos mais avançados, ou com o F-39 Gripen, recentemente incorporado pela Força Aérea Brasileira – uma aeronave de geração 4.5, considerada uma das mais avançadas em operação na região.

Durante a cerimônia de assinatura do contrato, o Ministro da Defesa argentino, Luis Petri, ressaltou a importância do acordo: “Hoje estamos concluindo a mais importante aquisição aeronáutica militar desde 1983. São 24 aeronaves F-16 que foram modernizadas e equipadas com a melhor tecnologia, e que hoje estão no nível das melhores aeronaves que voam nos céus da América do Sul e do mundo.”

O negócio que a Argentina fez inclui um pacote de armamentos notáveis, destacando-se os mísseis A9X e A10, este último similar ao utilizado pelo Chile com alcance de cerca de 110 km. Contudo, devido à natureza da versão adquirida, futuras atualizações podem ser limitadas. Mesmo assim, dado o contexto atual da Força Aérea Argentina e os recursos disponíveis, a compra dos caças F-16 é vista como um passo positivo para o país, embora não altere substancialmente o equilíbrio de poder aéreo na América do Sul.

Este movimento reforça a capacidade de defesa da Argentina mas, simultaneamente, levanta questões sobre as comparações com os vetores aéreos de seus vizinhos, especialmente o moderno F-39 Gripen operado pelo Brasil.

Os caças F-16 adquiridos pela Argentina são considerados inferiores ao F-39 Gripen operado pelo Brasil por várias razões tecnológicas e de capacidades. Os F-16 comprados pela Argentina pertencem à versão A/B MLU Block 15, uma das primeiras versões do F-16 que foram modernizadas no final dos anos 80. Apesar das atualizações, eles permanecem como aeronaves de quarta geração. Por outro lado, o F-39 Gripen é um caça de geração 4.5, posicionando-se entre as aeronaves de quarta e quinta gerações, o que lhe confere vantagens tecnológicas significativas.

O F-39 Gripen é conhecido por ser um caça multifuncional, capaz de executar uma variedade de missões de forma eficiente, como superioridade aérea, ataque ao solo e reconhecimento. Essa versatilidade é uma grande vantagem em comparação aos F-16, que, apesar de também serem versáteis, não possuem as atualizações mais recentes que acompanham os modelos mais modernos de caças.

O Gripen incorpora tecnologias mais avançadas, incluindo aviónicos de última geração, sistemas de guerra eletrônica e uma capacidade superior de rede e dados. Isso permite uma melhor consciência situacional e eficácia em combate comparado aos F-16 adquiridos pela Argentina, que, devido à sua geração, têm limitações em termos de atualizações futuras devido à base de design mais antiga.

O Gripen é notável por sua eficiência operacional e baixo custo de manutenção comparado a outros caças, o que representa uma vantagem econômica significativa no longo prazo. Enquanto isso, os F-16, sendo modelos mais antigos, podem implicar maiores custos operacionais e de manutenção.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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