O USS Robin, apelido do porta-aviões britânico HMS Victorious, desempenhou um papel crucial para a Marinha dos Estados Unidos

Durante a Segunda Guerra Mundial, o nome USS Robin escondeu um segredo bem-guardado nos arquivos da Marinha dos Estados Unidos. Esse “porta-aviões que nunca existiu” era, na verdade, o HMS Victorious, da Marinha Real Britânica. Após o ataque a Pearl Harbor e a consequente destruição da frota americana, os EUA enfrentaram desafios significativos no Pacífico. A perda do USS Lexington e os danos ao USS Yorktown na Batalha do Mar de Coral revelaram a precariedade da situação americana.

A Batalha de Midway, apesar de um triunfo, exacerbou as preocupações do Almirante Chester Nimitz sobre a capacidade de porta-aviões da frota americana, agora reduzida pela metade. A afundamento do USS Wasp exacerbou a escassez de porta-aviões dos EUA. Em resposta, a ideia de “emprestar” um porta-aviões da Marinha Real Britânica surgiu, culminando no destacamento do HMS Victorious para o Pacífico.

Após a Operação Tocha, o Victorious, renomeado USS Robin, foi rapidamente preparado para a guerra no Pacífico. A embarcação passou por adaptações em Norfolk, incluindo a instalação de equipamentos americanos de comunicação e um reforço no armamento antiaéreo. O porta-aviões, agora operando com aviões e tripulação americanos, mas sob bandeira britânica, foi essencial nas operações no Pacífico Sul, realizando mais de 600 missões de patrulha de caça e protegendo os desembarques na Nova Geórgia.

Após um período significativo de serviço e com a entrada em operação dos porta-aviões da classe Essex, o USS Robin foi devolvido ao controle britânico, retomando seu nome original, HMS Victorious. A belonave continuou a servir na guerra, participando de ataques contra o couraçado alemão Tirpitz e operações no Oceano Índico, até retornar ao Pacífico para o final da guerra.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a capacidade de porta-aviões era um componente crítico da estratégia naval tanto dos Estados Unidos quanto do Reino Unido. Os Estados Unidos contavam com um total de 43 porta-aviões, que variavam em tipos e classes. Essa frota incluía desde o pioneiro USS Langley (CV-1) até os avançados navios da Classe Essex, além de porta-aviões de escolta que desempenhavam papéis essenciais em várias operações pelo Pacífico e Atlântico.

O Reino Unido, por sua vez, operou 14 porta-aviões durante o conflito. Esses navios, incluindo o HMS Ark Royal, HMS Courageous e HMS Victorious, foram fundamentais nas operações navais e aéreas britânicas, marcando presença em diversas frentes de batalha e auxiliando nas operações aliadas em múltiplos teatros de guerra.

A colaboração entre as duas potências navais ficou evidente com a operação do HMS Victorious sob o nome USS Robin. Esta aliança estratégica foi vital para a manutenção da presença e eficácia naval dos EUA no Pacífico, em um período em que a frota americana de porta-aviões estava significativamente diminuída devido aos ataques japoneses e às perdas em batalhas cruciais. O empréstimo do Victorious, ou USS Robin, não apenas reforçou a frota americana mas também demonstrou a importância da cooperação e integração entre as marinhas aliadas durante a guerra.

A história naval na Segunda Guerra Mundial, especialmente no teatro do Pacífico, revela a transição das estratégias navais e a ascensão dos porta-aviões como elementos decisivos no combate marítimo. O ataque a Pearl Harbor em 1941 evidenciou a vulnerabilidade de encouraçados ancorados e destacou a importância estratégica dos porta-aviões, que estavam ausentes durante o ataque e, portanto, não foram danificados.

Este evento marcou uma mudança fundamental na doutrina naval, com os Estados Unidos e seus aliados adotando os porta-aviões como a espinha dorsal de suas frotas. Essa mudança refletiu-se na Batalha de Midway em junho de 1942, considerada o ponto de virada da Guerra no Pacífico. Nesta batalha, a Marinha dos EUA conseguiu afundar quatro porta-aviões japoneses, alterando significativamente o equilíbrio de poder naval a favor dos Aliados.

As campanhas subsequentes, como a estratégia de “island hopping”, permitiram aos Aliados avançar em direção ao Japão, capturando ilhas estratégicas e utilizando-as como bases para ataques aéreos. Essa abordagem reduziu a necessidade de confrontos diretos com as forças japonesas fortificadas, ao mesmo tempo que maximizava o uso de superioridade aérea e poder naval.

A expansão da frota dos EUA durante a guerra foi notável, culminando em uma das maiores forças navais já reunidas. Ao final da guerra, a Marinha dos EUA não apenas havia neutralizado a ameaça japonesa no Pacífico, mas também emergiu como a principal força naval do mundo.

O USS Robin, ou HMS Victorious, simboliza essa transição estratégica e a colaboração internacional entre os Estados Unidos e o Reino Unido. A história do USS Robin integra-se a esse contexto maior de evolução naval, destacando a importância da inovação, da adaptação e da aliança entre as nações para enfrentar e superar os desafios durante um dos períodos mais tumultuados da história moderna.

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Fonte: Click Petróleo e Gás


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