A revolucionária hélice que mudará os barcos: economiza 50% de combustível e aumenta a velocidade

As últimas melhorias no mundo da náutica estão se tornando evidentes nas hélices dos motores. Esses sistemas são os que se encontram no final da cadeia de propulsão e se estabelecem como uma das peças mais sensíveis, definindo entre um bom ou mau desempenho da embarcação inteira. Companhias como a americana Sharrow conseguiram se especializar no design, desenvolvimento e fabricação de propulsores, alcançando formatos inimagináveis.

O Sharrow CX é sua última criação e acaba de abrir a lista de espera de compra para seus clientes. A companhia planeja começar a enviar as primeiras unidades na primavera de 2026 e será compatível com uma longa lista de fabricantes de motores de Volvo, Mercury e Suzuki; três dos atores mais importantes no setor.

“Desde o dia que anunciamos o propulsor Sharrow em 2020, a resposta da comunidade náutica a uma versão contrarrotante do design insígnia foi incrível, e muitos antecipam nossa expansão neste setor do mercado”, segundo relata em um comunicado Greg Sharrow, fundador e diretor executivo da companhia.

Os sistemas contrarrotativos consistem de duas hélices —uma diante da outra— no mesmo eixo, mas girando em sentido contrário para economizar perda de fluxo, segundo explicam em Centramar. Esse tipo de esquema é muito comum em alguns torpedos, já que consegue uma grande velocidade de deslocamento ao mesmo tempo que aumenta a eficiência.

A origem das hélices contrarrotativas remonta ao mundo da aviação, quando, há décadas, a maioria dos aviões utilizava esse método para voar. Um dos modelos mais representativos que ainda se encontram em serviço é o Tupolev Tu-95, no qual cada um dos 4 motores está equipado com 2 jogos de hélices que giram de forma oposta.

Por sua parte, no setor náutico aterrissaram no início dos anos 80 com a conquista da Volvo Penta da primeira patente relacionada e depois de ver seu bom desempenho em torpedos, com o objetivo de melhorar a estabilização. A contrarotação das hélices consegue aproveitar melhor o fluxo gerado pela primeira hélice para gerar um giro na segunda, de modo que parte da energia é reaproveitada na última fase de propulsão.

Com essas características, consegue-se que o sistema de propulsão seja mais eficiente se comparado com o de uma única hélice. Além disso, proporciona melhor aceleração e velocidade máxima ampliada.

As referências da hélice Sharrow CX são muito escassas na página da fabricante, apenas uma nota indicando a disponibilidade para reserva. No entanto, existe muita informação sobre suas outras criações de uma única hélice, portanto, as especificações prometem ser ainda melhores.

Por exemplo, tanto a Sharrow MX quanto a Sharrow XO proporcionam uma melhor manobrabilidade quando a embarcação está em pleno processo de ataque, um dos momentos mais delicados de toda viagem. Também consegue uma melhora de 30% na eficiência do motor em cruzeiro, o que se traduz no mesmo aumento de autonomia usando a mesma quantidade de combustível.

O aumento da capacidade de propulsão que as hélices de Sharrow também conseguem é refletido na redução de entre 500 e 1.000 rotações por minuto. A mesma situação ocorre quando a embarcação está em cruzeiro, onde para as mesmas rotações consegue maior velocidade.

A lista de especificações se completa com uma redução notável das vibrações e do ruído gerado pelas hélices. Também consegue até 50% mais de potência de ré —de frenagem e marcha atrás— e melhor manuseio em curvas fechadas em alta velocidade.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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