Diante de ameaças de pirataria no oceano, navios porta-contêineres e outras embarcações de carga adotam uma série de métodos defensivos inovadores e predominantemente não letais para proteger suas tripulações e cargas

A pirataria pode parecer um conto do passado, mas é uma realidade presente que custa quase 16 bilhões de dólares anuais em perdas globais, incluindo roubo, resgates e atrasos no transporte. Diante desse desafio, os navios porta-contêineres e outros modelos têm desenvolvido métodos defensivos criativos e eficazes para evitar ataques piratas sem recorrer à violência letal.

Uma das técnicas mais empregadas é o uso de canhões de água. Estas mangueiras de alta pressão podem lançar adultos no mar e alterar a direção de embarcações pequenas, sendo uma primeira linha de defesa eficaz. Operadas remotamente ou de forma automática, essas mangueiras eliminam a necessidade de exposição direta da tripulação ao perigo, já que os piratas frequentemente estão armados.

Além das mangueiras, os navios implementam barreiras físicas que arrastam linhas no oceano. Se um barco pirata tentar se aproximar, suas hélices podem ficar enroscadas nessas linhas, incapacitando a embarcação e retardando o ataque. Esta técnica não apenas impede o avanço dos piratas, mas também os obriga a desistir devido ao trabalho adicional necessário para se libertar.

Embora mais custoso, o emprego de guardas armados a bordo tem se mostrado extremamente efetivo em reduzir a probabilidade de ataques piratas. Paralelamente, algumas embarcações adotam o uso de armas sônicas, que emitem sons em decibéis tão altos que são insuportáveis ao ouvido humano, forçando os piratas a recuar sem contato físico.

Uma medida mais tradicional, mas não menos eficaz, é o uso de arame farpado. Esta barreira física é fácil de instalar e serve como um forte impedimento para os piratas que tentam escalar os lados dos navios. Apesar de sua conotação agressiva, quando usada corretamente, é uma forma não combativa de proteção.

A preparação e o treinamento da tripulação são fundamentais para a eficácia dessas técnicas. Os membros são treinados para implementar rapidamente as medidas de proteção, realizar exercícios práticos e estabelecer protocolos de comunicação eficientes durante ataques. A tripulação aprende a identificar e relatar ameaças às autoridades competentes, garantindo uma resposta rápida e organizada.

Essas técnicas mostram como a inovação e o planejamento estratégico são essenciais na indústria marítima moderna, permitindo que os navios não apenas se defendam de ameaças piratas, mas também garantam a segurança contínua de suas cargas e tripulações em águas internacionais.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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