Como (e porquê) a Europa está removendo as suas barragens?

Por séculos, a Europa construiu uma vasta rede de mais de 150.000 barragens. Essas estruturas, algumas datando do início do século XX, foram símbolo de progresso e poder. Elas geravam eletricidade, controlavam enchentes e impulsionavam o crescimento industrial. Porém, a um custo oculto: as barragens interrompem os ritmos naturais dos rios, danificando ecossistemas e ameaçando a sobrevivência de peixes migratórios. Agora, muitas dessas estruturas estão chegando ao fim de sua vida útil e se tornando perigosas e caras de manter.

Remover barragens ajuda a restaurar os rios à sua condição natural, beneficiando o meio ambiente. Sem as barragens, os rios podem fluir livremente, o que é crucial para a saúde de ecossistemas aquáticos e a sobrevivência de espécies como os peixes migratórios. As barragens também acumulam sedimentos que podem conter poluentes. Quando removidas, esses sedimentos são liberados, podendo revitalizar habitats rio abaixo.

Este rio de 53 km, que deságua no Lago Ladoga, abriga a última população de salmão naturalmente isolada do mar na Finlândia. Por mais de um século, barragens como Kangaskoski, Lahnasenkoski e Ritakoski interromperam o fluxo do rio, dificultando a migração dos salmões.

Em 2021, a barragem Kangaskoski foi demolida, resultando em uma resposta ecológica imediata: em poucas semanas, ninhos de salmão surgiram na nova seção do rio. Em 2022, a barragem Lahnasenkoski também foi removida. A última etapa envolveu a remoção da barragem Ritakoski em 2023. O custo total do projeto foi de aproximadamente €750.000, financiado por doadores públicos e privados.

Método de entalhe e liberação: Engenheiros fazem cortes estratégicos na barragem, permitindo que a água saia gradualmente. Isso ajuda a redistribuir os sedimentos de forma controlada, revitalizando os habitats rio abaixo.

Método de liberação rápida: Um túnel é criado na base da barragem, liberando rapidamente a água e os sedimentos. É um método mais rápido e barato, mas pode causar inundações e erosão.

Método de escavação e drenagem: O reservatório é esvaziado e os sedimentos acumulados são removidos com máquinas pesadas. É um processo caro e lento, usado quando os sedimentos são contaminados.

Método de desvio: Em alguns casos, um novo canal é construído para desviar o rio em torno da barragem, deixando os sedimentos no lugar.

Reabrindo importantes vias fluviais. Países como Espanha, Suécia e França lideram esses esforços, com novos participantes como Letônia e Luxemburgo se juntando à causa. A remoção de barragens melhora a biodiversidade, ajudando a reverter a perda de espécies e criando habitats mais saudáveis.

A Europa está removendo suas barragens para restaurar os rios e beneficiar o meio ambiente. Esse movimento, embora complexo e caro, traz enormes benefícios ecológicos, ajudando a reverter décadas de danos aos ecossistemas fluviais. A remoção de barragens simboliza um compromisso com a sustentabilidade e a preservação da natureza para as futuras gerações.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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