Enquanto OSX de Eike Batista fatura contrato e volta a operar no Porto do Açu, o ex bilionário entra em batalha para salvar seu último bilhão que pode pagar credores da MMX

Eike chegou ao posto de pessoa mais rica do Brasil e oitava mais rica do mundo, segundo ranking da revista “Forbes”. Em 2011, ele chegou a ter uma fortuna de US$ 31 bilhões.

De acordo com informações do jornal Terceira Via, a OSX, que continua sendo controlada por Eike Batista, mentor do projeto do Porto do Açu, deu o primeiro passo para voltar ao complexo portuário. Nesta última sexta-feira (20) foi oficializado o início das operações da OSX Brasil, GO Tratch e ALISEO, que formam um consórcio para uma base de flexíveis no Porto do Açu. Definitivamente, de forma mais modesta, é o retorno ao projeto que ele concebeu em São João da Barra. Em paralelo Eike Batista entra em batalha com ex-diretor da OGX para salvar seu último bilhão.

Conflito se instalou em fundo que detém debêntures dadas em garantia a delação premiada e que podem pagar credores da MMX

Segundo a matéria feita por Por Josette Goulart  do jornal Veja, o ex bilionário Eike Batista tem convicção de que o fundo que detém as debêntures da Anglo American, fruto do negócio da IronX, será suficiente para pagar toda a massa falida da MMX Mineração, os acordos de delação feitos com a Procuradoria Geral da República e ainda vai sobrar um troco para ele.

O leilão para a venda das debêntures já foi determinado pelo juízo da falência da MMX. Eike estima que pode conseguir mais que 1,5 bilhão de reais desta venda, apesar de o fundo que detém as tais debêntures faça uma marcação a mercado do ativo em apenas 200 milhões de reais.

Mas no meio do caminho, Eike está em uma disputa com Paulo Gouvêa, ex-diretor da EBX e hoje à frente do SPAC Itiquira. Gouveia tem um percentual minoritário do fundo Botafogo, que detém as debêntures da AngloAmerican, e conseguiu na Justiça evitar que Eike possa votar nas assembleias do fundo.

Segundo Goulart, essa participação de Gouvêa no Botafogo se dá pelo Fundo Itaipava, da qual Eike alega que Gouveia é o cotista único. O fundo Itaipava por sua vez alega que tem direito de preferencia na compra das debêntures depois que o juízo da falência da MMX mandou dissolver o fundo Mercatto, que era o titular do fundo Botafogo e a titularidade foi transferida para Eike.

Na última assembleia, realizada na semana passada, Eike não votou, como determinou a Justiça, mas fez constar da ata um questionamento para tentar complicar a vida de Gouveia. Eike diz que Gouvêa é diretor e um dos principais sócios da administrador de recursos Ygeia, que geria o fundo Botafogo. Pelas regras da CVM, seria conflito de interesses.  A última assembleia tratava justamente da mudança de gestor. O medo que Eike alega na briga com Gouvêa é de ser diluído no fundo ao não poder votar nas assembleias caso sejam aprovados aportes que não possa acompanhar. Já os minoritários do fundo Botafogo querem que em vez de as debêntures serem leiloadas, que as cotas de Eike no fundo é que sejam vendidas.

Ex-bilionário ganhou na Justiça perdão de dívida de R$ 47 milhões em impostos no RJ e recorre para suspender leilão no terreno de seu restaurante.

De acordo com as informações do colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, a defesa do empresário Eike Batista tenta suspender o leilão do terreno onde está o seu restaurante chinês, o Mr. Lam, situado na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro. O pedido da suspensão do leilão foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.

O restaurante que atualmente é um dos mais caros e sofisticados do Rio, e fica de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas, foi criado por Eike Batista em parceria com o chef chinês Sik Chung Lam.

Segundo o colunista, o estabelecimento de três andares é um dos poucos que restaram do empresário na cidade maravilhosa e a solicitação da defesa aponta que a venda do terreno provocará “um grande prejuízo financeiro em um momento em que [Eike] tenta se recuperar financeiramente”. Segundo a revista Veja, a Justiça marcou o leilão do empreendimento para o dia 26 de abril.

Em dezembro de 2021, o empresário Eike Batista ganhou na Justiça o direito de deixar de pagar aproximadamente R$ 47 milhões em impostos que devia ao governo do estado do Rio de Janeiro.

Por unanimidade, os desembargadores da 5ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) entenderam que a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio perdeu o prazo para a cobrança da dívida. A decisão foi revelada pelo jornal “Valor Econômico” e confirmada pelo UOL na ocasião.

Eike deixou de pagar o valor milionário do ITD (Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação) ao se separar de Luma de Oliveira, em 2004. De acordo com os desembargadores, o estado do Rio tinha cinco anos para cobrar a dívida tributária. No entanto, demorou mais de oito anos, só fazendo a cobrança em dezembro de 2012.

No período em que a cobrança deveria ter sido realizada, Eike chegou ao posto de pessoa mais rica do Brasil e oitava mais rica do mundo, segundo ranking da revista “Forbes”. Em 2011, ele chegou a ter uma fortuna de US$ 31 bilhões.


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Fonte: Click Petróleo e Gás


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