Moderna: Vacinas devem ter menor eficácia contra Ômicron

Fabricantes de vacinas estão se preparando para reformular seus produtos Foto: Pixabay

O chefe da farmacêutica Moderna disse que as vacinas atuais contra a Covid-19 provavelmente não serão tão eficazes contra a variante Ômicron do coronavírus como foram anteriormente. A fala gerou novas preocupações nos mercados financeiros sobre a trajetória da pandemia.

– Não há mundo, eu acho, onde [a eficácia] é o mesmo nível que nós tivemos com a Delta. Acredito que vai ser uma queda material. Só não sei quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com quem conversei estão tipo “isso não está se encaminhando para o bem” – disse Stéphane Bancel, presidente-executivo da Moderna, ao Financial Times em uma entrevista.

A resistência do vírus à vacina pode levar a mais doenças e hospitalizações e prolongar a pandemia. E os comentários de Bancel desencadearam a venda de ativos expostos ao crescimento, como petróleo, ações e o dólar australiano.

Bancel acrescentou que o alto número de mutações no pico de proteína que o vírus usa para infectar células humanas significa ser provável que a safra atual de vacinas precise ser modificada.

Ele havia dito anteriormente, na CNBC, que poderia levar meses para começar a enviar uma vacina que funcionasse contra o Ômicron.

O medo da nova variante, apesar da falta de informação sobre sua gravidade, já gerou atrasos em alguns planos de reabertura econômica e a reimposição de algumas restrições de viagens e movimentos.

Apesar disso, tanto a Moderna quanto a Pfizer-BioNTech, as fabricantes das duas vacinas mais eficazes, estão se preparando para reformular seus produtos, caso seja necessário.

– Nós realmente precisamos ficar vigilantes com essa nova variante e nos preparar para ela […] Em mais algumas semanas, provavelmente teremos uma noção melhor de quanto essa variante está se espalhando e se será necessário avançar com uma vacina para ela – disse Jesse Bloom, biólogo evolucionário do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, nos Estados Unidos.

*AE COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


Fonte: Pleno.News


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