Terroristas do Hamas ‘sequestram’ redes sociais de reféns

Nos ataques terroristas de 7 de outubro, o Hamas também “sequestrou” as redes sociais de reféns. Artigo do jornal norte-americano The New York Times mostra que, em pelo menos quatro casos, membros do grupo extremista iniciaram sessão nas contas pessoais dos sequestrados para transmitir ao vivo a invasão a Israel.

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Além disso, o grupo terrorista se infiltrou em grupos do Facebook, contas do Instagram e conversas do WhatsApp das vítimas para enviar ameaças de morte. Também divulgou-se mensagens de violência.

Os terroristas também se apossaram dos celulares dos sequestrados para contatar parentes e fazer ameaças. Pelo menos 203 pessoas estão sob o controle dos sequestradores, segundo o Exército de Israel. Na invasão, os extremistas assassinaram centenas de pessoas.

Os parentes e amigos de Gali Shlezinger Idan, por exemplo, ficaram chocados ao receberem, no momento dos ataques, mensagens frenéticas para acessarem o Facebook.

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Gali mora em um kibutz (comunidade agrícola) perto da fronteira e foi capturada. Quando acionaram a rede social, os amigos viram imagens ao vivo dela e familiares agachados em um piso de azulejos enquanto mísseis e tiros atingiam seu prédio. A transmissão durou 43 minutos.

Funcionários do Facebook admitiram que os terroristas entraram em contas

Tem sido comum grupos extremistas utilizarem as redes sociais para promover suas causas. Por elas, os criminosos transmitem ataques e divulgam propaganda. Desta vez, no entanto, o “sequestro” das redes sociais das próprias vítimas foi uma novidade, segundo afirmou ao The New York Times o professor Thomas Rid, do departamento de estudos estratégicos da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

“A arma das redes sociais foi usada de uma maneira que acho que nunca vimos antes”, disse Rid. “Não estamos psicologicamente preparados para isso.”

Funcionários do Facebook admitiram que os sequestradores tiveram acesso a contas na rede. A Meta — que é proprietária do Facebook, do Instagram e do WhatsApp — não comentou a questão. No entanto, a big tech afirmou que criou um “centro de operações especiais com especialistas, incluindo falantes fluentes de hebraico e árabe, para monitorar de perto e responder a essa situação em rápida evolução”.

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Fonte: Revista Oeste


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