Novo terremoto de magnitude 6,3 atinge Afeganistão
Um novo terremoto de magnitude 6,3 atingiu a cidade de Herat, no noroeste do Afeganistão, na madrugada deste domingo, 15. O tremor ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, deixando pelo menos dois mortos e 154 de feridos.
Desde o início de outubro, a região registrou outros dois terremotos, segundo informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
As autoridades locais afirmaram que ainda avaliam a magnitude da destruição. Em Herat, a maioria dos moradores ainda dorme ao ar livre por medo de novos tremores.
“Os moradores de Herat estão aterrorizados e assustados. Muitos dos nossos compatriotas não têm onde morar e as noites são muito frias”, disse o comerciante Hamid Nizami, de 27 anos, à agência AFP. Ele agradeceu pelo fato de o tremor de terra ter ocorrido durante o dia, enquanto as pessoas estavam acordadas.
Terremotos castigam Afeganistão
O terremoto ocorreu a 33 quilômetros de Herat, na província ocidental de mesmo nome. No dia 7 de outubro, um terremoto também de magnitude 6,3 e outros oito tremores secundários abalaram a região, derrubando casas e ferindo centenas de pessoas.
O governo Talibã estimou que morreram cerca de 1 mil pessoas, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou que o terremoto deixou cerca de 1,4 mil mortos.
Em 11 de outubro, quando milhares de afegãos aterrorizados ainda buscavam abrigo e voluntários procuravam sobreviventes, outro terremoto de mesma intensidade matou uma pessoa e feriu outras 130.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 90% dos mortos nos terremotos eram mulheres e crianças. As Nações Unidas afirmaram que mais de 20 mil pessoas foram afetadas.
Pelo menos seis cidades rurais do distrito de Zenda Jan foram completamente arrasadas.
Crise humanitária
O Afeganistão já sofre uma grave crise humanitária, depois da retirada da ajuda estrangeira com a volta do Talibã ao poder, em 2021.
O fornecimento de abrigos à população antes da chegada do inverno será um dos grandes desafios das autoridades locais, que mantêm relações tensas com organizações humanitárias internacionais.
Fonte: Revista Oeste