Israel e Hamas entram em novo impasse: trégua ou fim da guerra

O governo de Israel afirmou neste sábado, 4, que não enviará delegação ao Cairo, Egito, para participar das negociações sobre a guerra na Faixa de Gaza, até que o Hamas responda à proposta israelense para a devolução dos reféns.

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Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel não aceitará a proposta do Hamas, de encerrar a guerra em troca dos reféns capturados nos ataques de 7 de outubro a Israel, quando morreram cerca de 1,2 mil pessoas. O líder do grupo terrorista, Yahya Sinwar, tinha manifestado essa exigência.

Fontes ouvidas pelo The Jerusalem Post, no entanto, realçaram que Sinwar deu sinais de que poderia aceitar uma negociação, apesar de ter feito objeções à proposta. Há uma delegação do grupo extremista na capital do Egito.

Para membros da extrema-direita do gabinete de Netanyahu, como o ministro da Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, e o das Finanças, Bezalel Smotrich, uma anuência em relação ao fim da guerra os faria deixar o governo.

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Eles defendem inclusive a incursão na cidade de Rafah, último bastião de resistência dos terroristas e onde possivelmente se encontram seus líderes.

Netanyahu, que propôs a trégua, também está pressionado pelos parentes e amigos dos reféns. Grande manifestação foi realizada neste sábado em Tel-Aviv, exigindo a volta dos sequestrados em troca do fim da guerra, com críticas fortes à atuação do primeiro-ministro.

Possibilidade de ataque à cidade de Rafah

O governo israelense deu o prazo de uma semana para que o Hamas aceite a proposta de trégua. O prazo começou a correr na última sexta-feira 3.

Caso contrário, a Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciarão a entrada em Rafah, a região que se tornou um abrigo para mais de um milhão de refugiados vindos de outras áreas da Faixa de Gaza, em razão dos ataques das FDI.

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O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI, destacou que, se houver uma incursão em Rafah, os militares israelenses tentarão ao máximo poupar os civis.

“A população civil de Gaza não é o alvo das operações israelenses”, afirma ele, em texto enviado a Oeste. “De forma alguma. Todos os alvos das FDI são alvos militares legítimos: armamentos e locais utilizados para operações militares ou terroristas do Hamas, conforme identificado através de atividades de inteligência ou operações militares específicas.”

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Fonte: Revista Oeste


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