Carnaval 2023: Regina Casé e Nachtergaele serão Maria Bonita e Lampião

O carnavalesco Leandro Vieira convidou a dupla Regina Casé e Matheus Nachtergaele para personificarem Lampião e Maria Bonita no desfile da Escola de Samba carioca Imperatriz Leopoldinense em 2023. Os atores estiveram no barracão da escola, no Rio de Janeiro, nesta semana, para conhecerem os figurinos desenvolvidos por Vieira. 

O enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida“ se debruça nas visões delirantes dos cordéis nordestinos que contam histórias sobre a chegada de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, ao céu e ao inferno.

Matheus Nachtergaele terá seu primeiro papel de protagonista na Marquês de Sapucaí no próximo Carnaval. O ator não escondeu a alegria do convite para representar o personagem central do enredo no abre-alas da escola de Ramos: “Me sinto extremamente alegre por ser o Lampião desse desfile. Estou muito feliz em estar na Sapucaí com a Imperatriz Leopoldinense neste ano de retomada do nosso amor próprio”, declara.

O ator também falou da sua relação com o Nordeste. Ao longo da carreira, Nachtergaele deu vida a personagens nordestinos que marcaram a dramaturgia nacional, como João Grilo, no clássico “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, transformado em minissérie e filme.

“Sou estranhamente um filho de belga, nascido em São Paulo, mas que fui recrutado desde sempre para personagens nordestinos. De certa maneira, o João Grilo me deixou no coração dos nordestinos como um símbolo deles. Então, o chamado do Leandro tem a ver com isso e o meu sim também tem a ver com isso”, afirma.  

Nachtergaele também comemora a oportunidade de contracenar com Regina Casé, de quem se declara admirador, pela primeira vez, e destaca a grandiosidade da atriz.

“Regina também tem essa questão de proximidade com o Nordeste. Sou fã dela, mas nunca tivemos essa chance de contracenar antes. Achei linda a escolha dela, que é maior que eu, para representar Maria Bonita. Isso conversa um pouco com as questões atuais de machismo e feminismo. Regina é generosa como atriz e como corpo de mulher. É uma brasileira opulenta e exuberante. Eu sou do tipo mirradinho”, contextualiza.

Fã declarada do carnavalesco de Ramos, Regina Casé também não escondeu o entusiasmo de estar na Avenida em 2023 como destaque do carnaval do artista. Quando perguntada sobre o convite, a atriz celebrou o responsável pelo enredo da escola e festejou a comunidade do Complexo do Alemão, território que faz parte dos domínios comunitários do grêmio carnavalesco da zona da Leopoldina.

“Receber um convite do Leandro para vir no abre-alas da Imperatriz não é um convite. Pra mim, que sou fã, é quase uma ordem. Vim imediatamente ser a sua Maria Bonita” brinca a atriz, que aproveita a oportunidade para mandar um recado à comunidade:

“Eu quero todo o Complexo do Alemão comigo, sambando feliz, comemorando o ano novo que só começa com o carnaval”.  

Carioca da gema, Regina nunca negou suas raízes nordestinas. A família de Caruaru sempre foi motivo de orgulho. Por esta razão, o enredo encontrou terreno afetuoso no coração da atriz.

“O tema tem tudo a ver comigo. Minha família é toda de Pernambuco, a terra de Lampião. Meu tio avô era palhaço da feira de Caruaru. Esse universo é o meu mundo. É a minha criação”, revela.

Para o carnavalesco Leandro Vieira, a abertura do desfile leopoldinense sugere uma invasão. O artista acredita que uma entrada arrebatadora possibilitará um desfile triunfal. Na mesma alegoria que estarão Casé e Nachtergaele como Maria Bonita e Lampião, outros personagens do mais famoso bando de cangaceiros da história brasileira serão apresentados de maneira performática. 

Zé Katimba, célebre compositor da escola – autor de clássicos como “Martin Cererê” (1972) e “Só da Lá Lá” (1981 e 2020) -, foi escalado para interpretar o cangaceiro Volta Seca. Ao seu lado, Chiquinho – inesquecível mestre-sala que por 20 anos fez parceria com a lendária e saudosa porta-bandeira Maria Helena, sua mãe – dará vida ao cangaceiro Zé Baiano.

Volta Seca foi o mais jovem cangaceiro a entrar no bando de Lampião, com 11 anos de idade. O sergipano de Itabaiana também era compositor e é apontado como autor de clássicos do cancioneiro nordestino, como “Acorda, Maria Bonita!” e “Mulher Rendeira”. José Aleixo Ribeiro da Silva, o Zé Baiano, também era conhecido como “Pantera Negra do Sertão”. Junto de Lampião, percorreu diversas cidades do Nordeste, transformando-se num dos mais temidos bandoleiros do grupo.

O compositor e o mestre-sala, bambas da primeira tricampeã do Sambódromo (1999-2000-2001), também estiveram no barracão e se encantaram com a grandiosidade do projeto.

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Fonte: Metrópoles


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