Operação da PF desmantela quadrilha de traficantes e desvenda plano para transportar cocaína em troca de malas no Aeroporto de Guarulhos

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (7), 9 traficantes de drogas que atuavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do país, e ainda procura cinco que estão foragidos.

A droga era enviada em malas despachadas irregularmente ou por meio do setor de cargas do aeroporto. O uso do aeroporto para o transporte de entorpecentes ganhou notoriedade com o caso das brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini. Elas saíram do Brasil em março deste ano, a partir do aeroporto de Guarulhos, com destino à Alemanha, mas uma troca dos adesivos de suas bagagens associou o nome delas a um esquema de tráfico internacional de drogas, com direito à prisão de ambas por 38 dias.

Elas só conseguiram deixar a cadeia na Alemanha após uma investigação realizada pelas forças policiais dos dois países comprovar que a dupla era, na verdade, vítima de um esquema de troca de malas que buscava enviar drogas do Brasil para a Europa.

A Operação “Bota Fora” foi deflagrada para cumprir, no total, 14 mandados de prisões temporárias e 18 de busca e apreensão contra os traficantes envolvidos. Os mandados integram três investigações diferentes de grupos que enviavam cocaína para a Europa e África por meio do terminal em Guarulhos.

Foram apreendidos no Brasil e no exterior quase 700 quilos de cocaína que tinham como destino a Alemanha (578 quilos), Portugal (77 quilos) e a Etiópia (37 quilos). Segundo a PF, parte dos suspeitos é considerada líder do tráfico na região de Guarulhos. Eles foram identificados em grupos de WhatsApp formados para organizar o envio da droga.

“Esses crimes acontecem por conta da fraca segurança orgânica do aeroporto que precisa melhorar muito e ter não só câmeras, mas mais sistemas de controle de quem se movimenta lá dentro. Se melhorar isso eu acredito que melhore bastante. E nós temos informação de que os funcionários que atuam são aliciados tão cedo quanto eles são contratados. Alguns já são parte do grupo criminoso e vão buscar o emprego ali indicados por alguém que já está lá dentro. Ou a pessoa entra e acaba sendo cooptada ao longo do tempo”, explicou o delegado Felipe Faé Lavareda de Souza.

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Fonte: TBN


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