Mais 15 famílias deixam área de risco e recebem casa nova no Parque da Montanha

Mudanças, que encerraram nesta sexta-feira (25), se referem às casas localizadas nas quadras 340 e 341. Com essas unidades, foram entregues, até o momento, 484 moradias das 574 previstas na primeira fase do projeto

Aos 40 anos, os gêmeos Gilmar e Gilson Santos de Almeida nunca haviam possuído uma casa própria. Eles viveram na rua por algum tempo e jamais imaginavam que teriam um teto e que fosse possível morar em segurança e sem ter que pagar aluguel. A história dos gêmeos se cruza com a do auxiliar geral, Gustavo Mesquita dos Santos. Assim como eles, morador em área de risco na comunidade Prainha, em Vicente de Carvalho, Gustavo também foi contemplado com uma unidade habitacional no Conjunto Parque da Montanha, na Vila Edna.

Eles receberam as chaves da casa nova na manhã de quinta-feira (24). As mudanças, que começaram na quarta (23) e se encerraram nesta sexta-feira (25), se referem aos imóveis localizadas nas quadras 340 e 341, contemplando 15 famílias. Com essas unidades, já foram entregues, até o momento, 484 moradias das 574 previstas nesta primeira fase do projeto habitacional.

Na atual etapa, a Prefeitura prioriza, por segurança, famílias das comunidades Marezinha e Prainha, que moram em área irregular ao lado da linha férrea, expostas a perigo iminente de acidentes e vulnerabilidade social há décadas.

História de vida

Até os 20 anos de idade, os irmãos Gilmar e Gilson moraram com a avó, em uma residência localizada na Avenida São João, no Paecará, em Vicente de Carvalho. Com a morte da avó, a tia se apossou do imóvel e colocou os dois na rua, por onde perambularam, a mercê de todos os perigos. Eles foram resgatados por assistentes sociais do Programa Consultório na Rua, uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS), lançada em 2011, que compõe a Política Nacional de Atenção Básica e atende a população em situação de rua com abordagem multiprofissional.

Eles contam que ao sair das ruas foram morar na Prainha e, por estarem também em um imóvel em área de risco eminente, próximo à linha férrea, estavam na lista das famílias removidas do local e reassentadas no Parque da Montanha.

“Deus em primeiro lugar que abençoou a gente com uma casa só nossa”, disse Gilmar emocionado ao lado do irmão, Gilson, que completou: “estamos muito felizes com a casa e a vida nova de esperança. Nós vencemos e temos uma casa melhor, graças a Prefeitura e às pessoas que nos ajudaram enquanto estivemos na rua e morando na Prainha”, comemorou.

Já Gustavo Mesquita vivia com a família – esposa, três filhos, quatro enteados e três animais de estimação, a poucos metros da linha férrea, em um imóvel precário e invadido pelo medo, diariamente.

Um dos animais, a cadela pitbull, chamada Pandora, escapou do quintal de casa e foi pega em cheio por um trem. Teve a pata dianteira esmagada, mas sobreviveu ao acidente. “Foi um milagre ela estar aqui com a gente. Poderia ter sido  um dos meus filhos. Agora me sinto mais aliviado. Vivia 24 horas tenso, ante o risco de acidentes e falta de segurança. Esperei  sete anos  para conquistar minha casinha e dar um futuro melhor para  meus filhos. Agradeço a Deus por essa  bênção e à Prefeitura por me ajudar a realizar este sonho”,  celebra.

Unidades habitacionais

O Parque da Montanha contempla 1.962 habitações. O empreendimento é a terceira etapa do Projeto Favela Porto Cidade, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 1, conforme o contrato de repasse nº 218.827-99, firmado em outubro de 2007, com o Ministério das Cidades, atual Ministério do Desenvolvimento Regional, sob gestão da Caixa Econômica Federal.


Fonte: Prefeitura de Bertioga


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