Urgente: MP pede prisão de opositores de Maduro na Venezuela incluindo a principal rival para Presidência

Além de três coordenadores do partido Vamos Venezuela (Vente Venezuela, em espanhol), de María Corina, o anúncio inclui também opositores no exílio, entre eles o ex-presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó e Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional. A eles se somam, entre outros, mandados de prisão contra o presidente da ONG Súmate, Roberto Abdulos, e os ex-ministros chavistas Andrés Izarra e Rafael Ramírez, informou o portal de notícias independente, Efecto Cocuyo. 

Saab afirmou que os acusados estão envolvidos em atividades desestabilizadoras e conspiratórias contra o referendo não vinculante sobre o território do Essequibo, em disputa com a vizinha Guiana. Ele alega que identificou “financiamentos provenientes da lavagem de ativos de organizações internacionais para conspirar contra o desenvolvimento” da consulta popular. 

Dois cidadãos americanos, identificados como Damian Merlo e Savoi Jadon Wright (preso na Venezuela desde 24 de outubro), foram mencionados como parte dessa suposta trama. Segundo o Saab, Merlo é um ex-empresário de telecomunicações e ex-assessor de política externa ligado ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e também do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. 

— O Ministério Público, como titular da ação penal, não permitirá que essas ações fiquem impunes. Preferiram se vender para uma empresa petrolífera transnacional e uma potência estrangeira como os Estados Unidos — disse Saab. 

Segundo o procurador-geral, as informações são de uma testemunha protegida familiarizada com as conexões nacionais e internacionais mantidas pelas pessoas mencionadas. 

— O que acontece é que este é um regime que sabe que foi derrotado. Se acreditam que com isso vão criar medo, desastre, desmobilização, é muito pelo contrário — disse María Corina em coletiva de imprensa após o anúncio. 

Candidata da ala mais radical da oposição, María Corina venceu as primárias com 93% dos votos, apesar de estar inabilitada politicamente por 15 anos e de a Justiça ter invalidado o processo posteriormente, contestando os números supostamente “inflados” de sua vitória. 

A opositora também descartou, nesta quarta-feira, recorrer da inabilitação, embora tenha esclarecido que está avaliando a opção “dia após dia”. Negociadores do presidente e da oposição anunciaram em 30 de novembro uma via para que líderes inabilitados que buscam concorrer nas eleições do próximo ano possam solicitar ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a revisão dessas sanções, estabelecendo um prazo até a próxima sexta-feira, 15 de dezembro. 

— Hoje estou mais do que habilitada pela opinião pública — disse. — Não podem impor nem vias nem prazos. (Com AFP.)

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Fonte: TBN


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