Tragédia no RS: Ministério do Esporte formaliza pedido à CBF pela suspensão do Campeonato Brasileiro
O ministro do Esporte, André Fufuca, formalizou nesta sexta-feira, 10, o pedido à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela suspensão do Campeonato Brasileiro. O pedido é em razão do estado de calamidade pública decretado pelo Governo do Rio Grande do Sul. O Estado sofre com as fortes chuvas desde 27 de abril.
“Diante da catástrofe que se segue, a solicitação se faz necessária”, declarou Fufuca em ofício ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues —quem decidirá sobre o Campeonato Brasileiro. O ministro destacou que o decreto de 1º de maio foi reconhecido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
“Muito além dos estádios de futebol, campos de treinamento, concentração e local físico onde todos envolvidos no esporte circulam, mas por todas as pessoas, familiares e seus entes que se doam neste momento na sobrevivência e reconstrução de casas e tudo mais afetado”, declarou ao presidente da CBF.
O ministro também disse que a suspensão do Campeonato Brasileiro deve ocorrer pois “entende-se que todo o país está envolvido no apoio aos jogadores e familiares, bem como a toda a população daquela região.”
“Ou seja, é desoladora a situação em que se encontram jogadores e familiares, de forma imensurável o quanto o físico e psicológico desses atletas foi afetado”, afirmou André Fufuca.
CBF pode suspender Campeonato Brasileiro em solidariedade ao RS
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pode decidir pela paralisação do Campeonato Brasileiro em solidariedade à tragédia vivida pelos gaúchos. Entretanto, ainda não existe um consenso quanto a deliberação.
Boletim mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul mostra que o número de mortes pela catástrofe chegou a 116. Ainda há 756 feridos e 143 pessoas desaparecidas.
Além disso, 1.947.372 moradores de 437 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas intensas. Desse total, 70.772 estão em abrigos e 337.346 estão desalojados.
Fonte: Revista Oeste