‘Tenho que conversar com o Centrão’, diz Bolsonaro

Durante uma entrevista ao programa Flow Podcast, na noite desta segunhda-feira 8, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ser necessário conversar com o Centrão. A fala ocorreu em resposta a um internauta que acusou o chefe do Executivo de fornecer “milhões ao Centrão”.

“Eu fui de partido do Centrão”, afirmou Bolsonaro, na segunda-feira 8. “Nem todo mundo do Centrão é errado. Como vou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição sem contar com 308 votos da Câmara? É a regra do jogo. Tenho que conversar com o Centrão.”

O presidente também disse que as emendas de relator são impositivas, portanto, ele não tem escolha de deixar ou não. “O tal do orçamento secreto é impositivo”.

Ao ser interpelado sobre ter acabado com a operação Lava Jato, Bolsonaro respondeu que trata-se de uma “fake news monstruosa”. “Eu disse, lá atrás, que no que depender de mim não vai ter Lava Jato porque não tem corrupção no meu governo”, explicou.

Quando questionado sobre as supostas rachadinhas de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o chefe do Executivo disse que o parlamentar responde por si próprio. Além disso, que, de fato, o filho comprou um apartamento de R$ 6 milhões. No entanto, 60% do imóvel foi financiado.

“Não vou ficar paparicando ninguém que é maior de idade”, afirmou. “O Flávio que se defenda. Agora, a acusação que fazem contra ele perto do filho do Lula (PT) não é nada. Nunca o filho dele sofreu acusações dessa forma.”

Sigilo quebrado

O presidente também explicou que a Justiça já quebrou o sigilo de sua família inteira. “Foram atrás até da avó da minha esposa”, afirmou. “Nunca fizeram isso com ninguém no Brasil. Queriam me fazer refém do sistema.”

Segundo ele, toda semana é arquivado um processo do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e que, em contrapartida, todos ficam “em cima” da suposta rachadinha. “É covardia ficar seguindo minha esposa, a avó dela e meu irmão.”

Ao falar sobre o ex-presidente Lula, Bolsonaro disse que reinterpretaram a prisão em segunda instância para favorecer o petista. “A reinterpretação da segunda instância foi para favorecer o Lula”, disse. “A anulação das condenações foi para torná-lo elegível. O ministro Edson Fachin [do Supremo Tribunal Federal] defendeu, em 2018, quando Lula ainda estava preso, que ele pudesse disputar as eleições.”

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Fonte: Revista Oeste


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