Polícia Federal afirma que pepita encontrada com Valdemar é rara e veio de garimpos fora do Brasil

A Polícia Federal (PF) afirma que a pepita de 39 gramas de ouro encontrada com o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, é uma peça rara e foi retirada de um garimpo artesanal fora do Brasil.

O objeto foi apreendido em um endereço do presidente do PL em 8 de fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis. 

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Segundo a PF, as análises técnicas mostram que a estrutura da peça não é compatível com o solo e com as rochas da Amazônia. A corporação possui um banco de amostras que permitem identificar a origem do ouro confiscado em operações. 

De acordo com os peritos, a pepita é rara em virtude do seu tamanho. Isso, portanto, reforçou a suspeita de que a peça tenha vindo de algum garimpo artesanal, pois na mineração industrial as rochas são detonadas com explosivos. Isso, conforme os agentes, impede que objetos desse tamanho sejam encontrados. 

Os técnicos também mostram que a rocha que deu origem à pepita possa ser dos Andes, na América do Sul, ou da Costa do Pacífico, nos Estados Unidos ou no Canadá. As rochas encontradas na Região Amazônica são de formação mais antiga. 

Polícia prendeu a pepita na casa de Valdemar durante a Operação Tempus Veritatis

Valdemar foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da PF. Os agentes investigam o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um suposto golpe.

Na época da apreensão, os agentes encontraram uma arma de fogo. O objeto em posse do presidente do PL, no entanto, estaria no nome do filho dele, e com registro vencido. Por isso, Valdemar foi detido. Além da arma, os agentes também encontraram a pepita. 

Na ocasião, a defesa informou que “não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência”. 

“A arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos no apartamento dele”, disse a defesa. “Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da PF vale cerca de R$ 10 mil?”

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Fonte: Revista Oeste


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