Lucas Pavanato: “Não tem como um cristão ser comunista”

O influenciador digital na política Lucas Pavanato, ex-comentarista da Jovem Pan, concedeu uma entrevista exclusiva ao Pleno.News, na qual fez críticas ao Movimento Brasil Livre (MBL), falou sobre o cerco às liberdades individuais, a relação do cristão com a política, e opinou sobre a mudança editorial na Jovem Pan. Pavanato afirmou que “não tem como um cristão ser comunista”.

O influenciador digital com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram analisou a evolução do MBL, criticou sua mudança de foco e a falta de coesão ideológica, especialmente durante as eleições presidenciais.

– O MBL foi se tornando um movimento que busca vencer eleições, busca conquistar o poder, mas que adapta o discurso a ponto de perder a referência daquilo que eles realmente acreditam. Hoje em dia, você pode encontrar dentro do MBL pessoas que são islâmicas, você encontra nacionalistas lá dentro, você encontra pessoas até com um viés mais progressista, você encontra de tudo. Aí, no discurso público, às vezes, é mais conservador – disse ao relatar a falta de identidade do grupo.

Pavanato, em uma única pergunta, conseguiu resumir a falta de propósito que acomete o MBL.

– Como que um movimento que surge combatendo o PT e o Lula prega voto nulo, quando é Lula e Bolsonaro na disputa? – questionou ao refletir sobre a eleição de 2022.

Pavanato compartilhou suas preocupações sobre o cerceamento das liberdades individuais na política, citando um processo judicial movido contra ele por suposto crime de violência política de gênero.

– Eu fui em um evento público que a Manuela Dávila organizou, (…) e no final do evento eu questionei ela sobre o preço dos livros dela. Falei assim: “Pô, você é uma pessoa socialista, marxista, só que você está aí explorando a mais-valia das pessoas que produziram esse livro e você está vendendo os livros, você está comercializando. Você acha que a mulher pobre tem condição de comprar o seu livro?”. (…) Ela ficou muito brava, me ofendeu no vídeo, inclusive. Outra deputada de esquerda veio conversar comigo também, eu fiz a mesma pergunta, ela não soube responder. E elas me denunciaram e disseram que isso que eu fiz, de questionar uma figura pública, é uma violência.

O influenciador relatou ainda que “cada vez mais, não existe só a pressão social, cada vez mais a justiça é usada como ferramenta de intimidação política”.

– E esse problema não está só no STF. A judicialização e o excesso de Estado interferindo nos discursos políticos está em todas as esferas. E é sempre o discurso conservador que é perseguido – observou.

Para Pavanato, há um perigo enorme na fragilidade da formação cristã dos indivíduos, que acabam cooptados por outras visões de mundo.

– Você tem um problema muito grave, que é o jovem, que ele é criado dentro da igreja (…). E quando ele entra dentro de uma universidade pública, não só ele se afasta da igreja, porque é muito jovem para se afastar da igreja, isso é muito comum, mas ele muda completamente a cosmovisão de mundo dele. Então, por influência da cultura, por influência de professores ali, mal-intencionados, e por um despreparo desse jovem quando ele entra, por falta de fundamentos, ele acaba se desvirtuando. Então, se eu não me engano, o estudo que eu vi era cada quatro jovens, três, abandonam a igreja. Então, é um problema muito grave – pontuou.

Sobre a dicotomia entre o cristianismo e o comunismo, Pavinato foi enfático:

– Não tem como um cristão ser comunista e cristão. Não tem como um cristão também ser comunista e woke. Ou seja, um cristão, o que eles chamam de progressista, não tem como.

*Você pode ouvir a entrevista em podcast no Pleno.News, no Apple Podcasts.

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Fonte: Pleno.News


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